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Debate: Crise em 2020 e o papel do Jornalismo


16/07/2020


A XV Semana de Integração e Resistência acontece entre os dias 20 e 24 de julho. O evento é realizado pelo Centro Acadêmico João do Rio (Cajor), do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O tema deste ano é Jornalismo e os desafios das crises em 2020. Por conta da pandemia de Covid-19, pela primeira vez ocorrerá de forma remota, com transmissões pela página do Facebook do Cajor. As inscrições são gratuitas e geram certificado para quem tiver participação de no mínimo de 75% das atividades.

O evento é tradicional na graduação em Jornalismo da UEPG e tem como objetivo discutir as resistências presentes na sociedade, relembrando também episódios de desmonte das universidades estaduais. Neste ano, a programação além do foco social e político, também contextualiza diferentes possibilidades de jornalismo produzido durante a pandemia. “O jornalismo está enfrentando novos desafios e ataques, perdendo muitas vezes sua credibilidade, e precisamos levar aos estudantes a discussão sobre esses problemas”, explica Emanuelle Soares, integrante da comissão de organização.

O evento será a primeira atividade obrigatória do curso de Jornalismo durante a fase de aulas remotas da UEPG, que inicia no dia 20. As acadêmicas do primeiro ano do curso, Ana Luiza Bertelli e Janaina Cassol contam que as expectativas para participar são grandes. “A Semana aborda temas indispensáveis da realidade que vivemos e que precisamos debater nas nossas formações profissionais e pessoais”, explicam.

Na segunda (20), a partir das 17:30, a palestra de abertura trata sobre os 15 anos da Semana de Integração e Resistência, com participação de ex-alunos do curso, os jornalistas Paula Nadal e Ricardo Ampudia. Em seguida, o repórter do Portal G1 Paraná, Wesley Bischoff, fala sobre as mudanças na produção do jornalismo causadas pela pandemia.

A partir das 19:00, terça (21), o fotojornalista Jefferson Botega relata sua experiência cobrindo atos antidemocráticos que se espalharam esse ano pelo país. Em abril, Botega sofreu ataques enquanto cobria ato a favor da intervenção militar no Brasil. Na quarta (22), 14:30, Jonas Pinheiro, da revista Afirmativa, e Thais Bernardes, idealizadora do portal Notícia Preta, debatem os movimentos antirracistas de 2020 e o papel do jornalismo nesse contexto.

Quinta (23), a programação inicia às 10:00, com oficina sobre escrita acadêmica com o mestrando Regilson Furtado Borges. No mesmo dia, 14:00, o debate é sobre os desafios do ensino de Jornalismo durante a pandemia, com o professor do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Felipe de Oliveira.

Às 10:00 da sexta (24), acontece oficina sobre a produção de podcasts jornalísticos, com o jornalista Rodrigo Alves. Às 18:00, a palestra de encerramento conta com a participação de Letícia Ferreira, repórter da Revista AzMina e idealizadora da Rede Brasileira de Jornalistas Negros, que fala sobre a pandemia e os Direitos Humanos. Para garantir certificado de horas e participar das oficinas é necessário se inscrever pelo formulário: http://tiny.cc/cajorinscricoes

Evento chega a sua 15ª edição

O ano de 2020 marca os 15 anos do primeira Semana de Integração e Resistência. O evento surgiu em 2004 como forma de protesto pelas dificuldades enfrentadas na universidades estaduais do Paraná. Na época, o então governador Roberto Requião (PMDB) decretou o desligamento de 35 cursos nas Universidades Estaduais do Paraná. Na UEPG foram fechados oito cursos, pois eram necessários 180 professores para o início do ano letivo.

Diante dessa situação, os acadêmicos se mobilizaram contra a falta de professores, em frente à UEPG, na Praça Santos Andrade. Para homenagear a resistência do Acampamento Dois de Março (Ocupação Emiliano Zapata) durante a mobilização, o curso de Jornalismo da UEPG criou a Primeira Semana de Integração da Resistência, que desde o início teve o propósito de agregar diferentes setores da sociedade para discutir a luta por direitos.