WAN aponta dados sobre violência contra mídia


04/10/2010


A Associação Mundial de Jornais e Novos Editores (WAN-IFRA, na sigla em inglês) apresentou nesta segunda-feira, dia 4, o relatório anual “The Press Freedom Under Attack Around the World”, durante encontro da Associação, na Alemanha.

De acordo com o documento, pelo menos 56 jornalistas foram mortos em 2010, e outros 120 profissionais estão presos. Os dados reúnem informações da organização International Freedom of Expression Exchange (IFEX).

O relatório detalha os casos de ameaça e violência contra jornalistas em diferentes regiões do mundo e destaca que “as intimidações à imprensa ocorrem por esta desafiar governos, relatar conflitos ou investigar corrupção e crimes”.

Segundo o documento, México, Honduras e Paquistão lideram o ranking da violência, com oito mortes cada. Na Ásia foram mortos 19 jornalistas; nas Américas, 17; e na África subsaariana, 12. 

Mapa

Os episódios de violência contra jornalistas e veículos de comunicação ocorridos no México, apontado como o país mais perigoso para o exercício do jornalismo, estão relacionados em um mapa lançado no blog do Centro Knight Jornalismo nas Américas.

Dos 22 crimes contra profissionais da imprensa registrados em 11 estados mexicanos, nove se concentraram em Tamaulipas, Michoacán, e Guerrero. Na primeira, localizada na fronteira com o estado do Texas(EUA), um carro-bomba explodiu e granadas foram lançadas contra as instalações da rede de TV Televisa. Na região, pelo menos oito jornalistas foram capturados durante uma disputa entre o cartel do Golfo e o grupo Los Zetas.

Em Michoacán, um colunista de jornal foi sequestrado e esfaqueado até a morte, outro colunista está desaparecido desde 2006, e um repórter foi assassinado.
Em Guerrero, o diretor de um semanário foi morto, e dois jornalistas (marido e mulher) foram assassinados dentro de sua residência.

*Com informações do Knight Center for Journalism e Portal Imprensa.