Villa-Lobos jazzístico abre a festa da ABI


01/04/2008


 Maurício Azêdo e Sérgio da Costa e Silva

As comemorações do centenário da Associação Brasileira de Imprensa foram abertas, na tarde desta terça-feira, dia 1º, com um concerto especial do Villa’s Voz, que deu uma interpretação jazzística às obras do maestro Heitor Villa-Lobos. O recital, realizado no Palácio Itamaraty, faz parte do projeto Música no Museu, promovido pela Casa França-Brasil, cujo ex-Presidente e Embaixador Marcos Azambuja teve a idéia de dedicar a apresentação aos cem anos da ABI.

Antes do show, o Diretor do Música no Museu, Sérgio da Costa e Silva, fez uma breve introdução, agradecendo ao público pela presença e passando a palavra ao Presidente da ABI, Maurício Azêdo. O jornalista agradeceu, anunciou os próximos eventos que envolvem o centenário e prestou homenagem à história de Villa-Lobos, que foi “um músico presente na Casa, como sócio e colaborador, até o ano de sua morte, em 1959”:

           Sérgio, Virgílio Moretzsohn e Maurício

— Villa-Lobos emprestava seus conhecimentos de música como colunista da Associação e, também, em momentos de folga, jogando bilhar no salão que hoje tem seu nome.

Aplaudindo, na platéia, estavam Virgilio Moretzsohn de Andrade, Chefe do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Rio de Janeiro, e Acurcio Rodrigues de Oliveira, Diretor-presidente do Monitor Mercantil. 

O conjunto Bruce & Villa’s Voz deu início ao concerto de forma gradativa e harmoniosa. O músico norte-americano Bruce Henri abriu o espetáculo com seu contrabaixo, sendo, momentos depois, acompanhado pelo piano de Fernando Moraes.

 Bruce Henri e Leo Ortiz

Logo em seguida já se podiam ouvir os batuques de Ricardo Costa na percussão e bateria e, enfim, o violino de Leo Ortiz. Os arranjos das músicas de Villa-Lobos, executados em tons ritmados de jazz, foram produzidos por Bruce — que mora no Brasil desde a década de 1970, já tocou com artistas como Tom Jobim, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Ney Matogrosso e é um dos poucos contrabaixistas dedicados ao repertório erudito brasileiro. Obras como “O canto do cisne negro”, que o maestro compôs inspirado no próprio Palácio Itamaraty, que abriga cisnes em seu lago, e a “Pequena suíte 1913” foram prestigiadas pelo público e jornalistas que cobriam o evento.

Agenda

A programação do centenário segue com uma homenagem especial na Academia Brasileira de Letras, na quinta, dia 3, e na sexta, 4, com uma sessão da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, na sede da ABI, que contará com a presença do Ministro da Justiça, Tarso Genro, e do Presidente da Comissão, Paulo Abrão Pires Júnior. Clique aqui para ver todos os detalhes.