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Vídeo mostra socorro de jornalista morto em SP


07/11/2017


Thyago Gadelha (Imagem: Reprodução)

Vídeo amador mostra como foi o socorro às vítimas da batida entre uma Range Rover e um Ônix que matou o jornalista Thyago Gadelha Chaves e deixou três pessoas feridas na madrugada de domingo (5), no Centro de São Paulo. Uma das vítimas está na UTI de um hospital em estado grave. O manobrista de um valet suspeito de causar o acidente de trânsito foi preso por homicídio.

Na imagem gravada por celular, logo após a colisão, é possível ver os bombeiros atendendo as vítimas. As ruas Conselheiro Nébias e dos Gusmões foram fechadas para o resgate (assista acima).

O manobrista Renato Santos Bosco, de 28 anos, acabou preso pelo crime de homicídio doloso, com a intenção de matar, porque dirigia alcoolizado e em alta velocidade a Range Rover de um cliente de um tradicional bar. O carro de luxo bateu num Ônix que trabalhava como Uber.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Renato por tempo indeterminado para que ele fique detido até seu eventual julgamento. Além de beber, ele estaria dirigindo a 80 km/h, o dobro da velocidade máxima limite para o trecho.

Renato é funcionário da White Service, que presta serviços de estacionamento para o Bar Brahma. Ele responderá pela morte do jornalista paraense Thyago Gadelha Chaves, de 36 anos, que morava na capital paulista. O corpo será enterrado em Belém, no Pará.

Outros dois passageiros, também paraenses, amigos de Thiago, e o motorista do Uber foram levados para hospitais. O caso que desperta mais cuidado é o de Leila Cavalcante, de 34. Ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas. Pelas redes sociais, amigos escreveram mensagens de apoio. Os demais feridos foram para a Santa Casa.

Embriagado

“Foi constatado ainda que o condutor estava embriagado, razão pelo qual o delegado de plantão decidiu autuá-lo por homicídio doloso, com dolo eventual”, falou o delegado Carlos Poli.

O caso será investigado pelo 3º Distrito Policial (DP), Santa Ifigênia. Policiais apuram se mais três pessoas estavam com o manobrista na Range para saber se elas também podem ser responsabilizadas por homicídio.

O gerente de um hotel contou que viu o manobrista correndo com a Range. “Na hora que a gente viu pegou no meio e jogou 30, 40 metros pra frente lá. Ele passou por aqui a uns 100 por hora ou mais aqui, ele deve ter passado”, disse Cavalcanti Júnior.

Renato admitiu ter bebido duas latas de cerveja durante o trabalho. Teste do bafômetro acusou presença de álcool no sangue dele. A polícia não divulgou a dosagem.

O manobrista seria levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, Zona Oeste da capital.

Procurada, a diretoria do Bar Brahma informou em nota que teve conhecimento do acidente, lamenta o ocorrido e se solidariza com todos os envolvidos e familiares. Reforçou ainda que o serviço de valet do bar “é prestado por uma empresa terceirizada que poderá esclarecer mais detalhes sobre o sucedido”, numa referência a White Service.