13/01/2020
Depois de um jejum de um ano e meio e de deixar lacuna no noticiário da cidade, a Veja Rio voltará a circular no próximo dia 8 de fevereiro, para a alegria dos cariocas e do mercado editorial brasileiro, que viu perder nos últimos anos várias tradicionais publicações. Para jornalistas e profissionais de comunicação, fica a torcida para que a retomada da Vejinha represente, também, o início de uma tendência de recuperação de postos de trabalho para a categoria. E que seja ainda um prenúncio de melhores dias para a Cidade Maravilhosa.
“A Veja Rio será mensal, sempre no primeiro sábado do mês”, adianta a editora-chefe Fernanda Thedim, em ritmo acelerado de pré-estreia da revista do Grupo Abril. Fernanda era editora da Veja nacional. Na Vejinha, ela vai integrar uma equipe fixa composta por quatro repórteres e um fotógrafo. Maurício Lima, diretor de redação da Veja nacional, é o diretor editorial da Vejinha.
Como no passado, a publicação, com 60 páginas e 30 mil exemplares, virá junto com a Veja nacional. Terá também venda avulsa (R$ 9,90) e por assinatura (R$ 7,90). Além da edição impressa, o leitor terá a versão digital.
“No digital, teremos grandes novidades. O site ganhará um novo layout e ferramentas como um filtro de restaurantes, bares e comidinhas, em que será possível selecionar os estabelecimentos por tipo de culinária, bairro, faixa de preço, entre outros. Profissionais de destaque em suas áreas irão assinar colunas dentro no site”, informa Fernanda.
Ela conta que foi firmada parceria com a universidade PUC-Rio para que os alunos do curso de Comunicação produzam conteúdos multimídia como vídeos e podcasts. “Nas redes sociais teremos um time de influenciadores do Rio que irão trabalhar junto com a gente para amplificar as boas notícias da cidade”, acrescenta a editora-chefe.
Mas o que motivou a volta da Vejinha, que, em agosto de 2018, publicava sua última edição após quase três décadas de atividades? A resposta de Maurício Lima vem rápido: “ A confiança na recuperação econômica do Rio e o reconhecimento de sua força como pólo cultural e vanguardista do país”.
Fernanda completa: “Nossa missão editorial é abrir espaço para iniciativas e personagens que fazem do Rio um lugar melhor, oferecer um roteiro de cultura e lazer com o que há de melhor na cidade e estar sempre vigilante nas questões de segurança, trânsito, saúde, educação, diversidade e outras áreas de interesse da população”.
Ou seja, a Veja Rio promete ser um espelho da cidade, que passa por momentos bastante difíceis. Segundo a jornalista, edições especiais, como a pesquisa Os Mais Amados do Rio, o prêmio Comer & Beber e o Cariocas do Ano, também já estão confirmadas entre as futuras pautas.
Fernanda diz ainda que algumas colunas retornam, como Beira-Mar, Histórias Cariocas e Carioca Nota 10. “ Mas também teremos novidades. Entre elas, Amarelinha, adaptação da seção de entrevista da Veja Nacional, as Páginas Amarelas; Letra de Médico, com artigos assinados por renomados profissionais de saúde da cidade; e Veja Rio Testou, em que faremos avaliações de produtos e serviços de diferentes áreas”.
A redação, em fase de intensas reuniões e treinamentos, já está funcionando no Edifício Argentina, na Praia de Botafogo, zona sul do Rio, com vista para o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. Não por acaso, os dois principais cartões postais da cidade.
Apesar de você ….
Apesar das seguidas manifestações do governo federal contra a imprensa e a liberdade de expressão, o jornalismo brasileiro resiste e observa um movimento, embora tímido, de anúncios de oferta de trabalho para jornalistas. O site da IstoÉ divulgou a abertura de duas vagas para redatores; A Thompson Reuters informa que busca repórter de commodities e energia, em São Paulo. A CNN Brasil, futura emissora de notícias, abriu processo seletivo para contratação de profissionais. Também a EBC está com processo seletivo para estágio. Em assessoria de comunicação, a Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) lançou chamada pública para contratação de jornalistas. As inscrições vão de 6 a 20 de janeiro.