Vasco, 110 anos (V)


29/08/2008


Foram muitas as conquistas do Vasco na década de 90, começando pelo título estadual de 1992, iniciando a série do tricampeonato de 1994. Depois vieram os títulos estadual e da Taça Libertadores de 1998, ano de seu centenário. Em 90, o Vasco se sagrou campeão do Torneio Rio-São Paulo, encerrando o milênio vencendo a Copa Mercosul e Copa João Havelange (Campeonato Brasileiro).

Em 1992, ganhou o campeonato invicto, com 18 vitórias e 6 empates, após vencer a Taça Guanabara e a Taça Rio. Os destaques do time eram o veterano artilheiro Roberto Dinamite e o jovem Edmundo.

No ano do bicampeonato, a equipe vascaína foi vencedora da Taça Rio (2º turno) e decidiu o campeonato com o Fluminense, ganhador da Taça Guanabara (1º turno) numa melhor de 4 pontos.

No primeiro jogo, o Vasco saiu vencedor pelo placar de 2 a 0. Perdeu a segunda partida por 2 a 1 e, com três pontos ganhos, precisava apenas do empate para ser campeão. O 0 a 0 deu ao clube de São Januário o bicampeonato. 


Turno e returno

Para se sagrar tricampeão, o Vasco teve que disputar o quadrangular final, em turno e returno, com o Botafogo, Flamengo e Fluminense. Na primeira fase, vascaínos e rubro-negros se classificaram no grupo A e alvinegros e tricolores foram os classificados no grupo B.

Fluminense e Vasco disputaram o último jogo do quadrangular e qualquer resultado seria decisivo. O empate favoreceria o Flamengo por possuir maior número de vitórias. O triunfo daria o título ao Vasco, que alcançaria maior número de pontos, ou a equipe tricolor com maior saldo de gols.

No dia 15 de maio de 1994, ainda traumatizado com a morte de Denner, ocorrida 20 dias antes, em acidente automobilístico na Lagoa Rodrigo de Freitas, o time comandado por Jair Pereira derrotou o Fluminense por 2 a 0, gols de Jardel. Os destaques eram os zagueiros Ricardo Rocha, campeão mundial em 94; Alexandre Torres, filho do eterno capitão do Brasil na Copa do Mundo de 70; e os atacantes Waldir “Bigode” e Jardel.

A campanha no campeonato brasileiro de 1997 foi sensacional. Dirigida por Antônio Lopes, a equipe do Vasco realizou grandes partidas, exibições de gala de Edmundo, artilheiro com 29 gols, coadjuvado pelo veterano Ivair. Na goleada de 6 a 0 diante do União João, o atacante fez os seis gols e, na vitória por 4 a 1 contra o Flamengo, marcou três.

Após se classificar na primeira fase, quando enfrentou 25 adversários, em turno único, o Vasco venceu a sua chave com quatro clubes e decidiu o título com o Palmeiras, ganhador do outro grupo. Jogando por dois empates, devido à maior soma de pontos, o time carioca fez o dever de casa: 0 a 0, no Morumbi e no Maracanã. O Vasco, com 70 pontos, terminou com a vantagem de 12 pontos sobre o Palmeiras.

Libertadores

O primeiro adversário do Vasco, na Taça Libertadores de 1998, foi o Grêmio. Depois de perder por 1 a 0 e ganhar de 3 a 0, o time carioca jogou diante das equipes mexicanas do Guadajara (0 a 1 e 2 a 0) e do América (1 a 1 e 1 a 1). Nas oitavas de final, enfrentou o Cruzeiro (2 a 1 e 0 a 0), voltou a jogar contra o Grêmio (1 a 1 e 1 a 0), nas quartas-de-final, e se classificou para as semifinais, tendo como adversário fo River Plate, da Argentina (1 a 0 e 1 a 1). Na segunda partida, no Monumental de Nuñez, quando faltavam poucos minutos para terminar, o excelente Juninho Pernambucano soltou um foguete da intermediária adversária, batendo falta, e colocou o Vasco na final.

As partidas finais contra o Barcelona, de Guaiaquil, foram disputadas em de agosto, mês do centenário do clube. No dia 12, o Vasco venceu por 2 a 0, em São Januário, gols de Donizete e Luizão. Em Guaiquil, no Estádio Monumental, no dia 26, veio a vitória consagradora por 2 a 1, gols novamente da dupla Luizão e Donizete. (na foto ao lado, o capitão Mauro Galvão e o artilheiro Luizão levantam o cobiçado troféu)

Na decisão da Copa Toyota (Mundial de Clubes), em Tóquio, o Vasco teve pela frente o Real Madrid, campeão europeu. A derrota diante dos espanhóis por 2 a 1, gols de Juninho, Nasa (contra) e Raul, frustrou o sonho da conquista do título mundial.

No desorganizado campeonato estadual de 1998, espremido por causa da Copa do Mundo, sem Edmundo, negociado com a Fiorentina, e com vários W.O. pelas ausências de Botafogo, Flamengo e Fluminense, o Vasco chegou à final contra o Bangu, vencendo-o de 1 a 0, gol de Mauro Galvão.

O triunfo por 2 a 1 sobre o Santos na final do Rio-São Paulo de 99, gols de Zé Mária (falta), Alessandro (Santos 1 a 1) e Juninho (2 a 1), deu ao Vasco mais um título do importante torneio interestadual. (na foto, Odvan e o belo troféu)

Fim do milênio

No último ano do milênio, o Vasco — após espetacular virada em cima do Palmeiras, no Parque Antártica, depois de estar perdendo por 3 a 0 — conquistou a Copa Mercosul. A reação veio no 2º tempo, quando o time carioca chegou ao placar de 4 a 3. (na foto abaixo, Juninho e Romário mandam a torcida palmeirense se calar)

Finalmente, na Copa João Havelange (Campeonato Brasileiro) de 2000, a equipe de São Januário se classificou na primeira fase e jogou com o Bahia nas oitavas-de-final. Venceu os dois jogos por 3 a 2 e passou para as quartas-de-final, quando ganhou a primeira partida do Paraná por 3 a 1 e perdeu a segunda por 1 a 0. Nas semifinais, empatou com o Cruzeiro de 2 a 2 e derrotou os mineiros por 3 a 1. 

A decisão foi contra o surpreendente São Caetano. O primeiro jogo terminou com o empate de 1 a 1 e com a vitória de 3 a 1, na segunda partida, o Vasco pela quarta vez alcançou o título brasileiro de futebol.