Vannuchi abre mostra sobre ditadura


19/07/2010


A exposição fotográfica “A ditadura no Brasil — 1964/1985”, sobre a história dos anos de chumbo no País, será inaugurada na noite desta segunda-feira, dia 19, na Casa do Advogado Ordem dos Advogados do Brasil(OAB), em Bauru, São Paulo. A mostra integra o projeto “Direito à Memória e à Verdade”, desenvolvido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR) desde 2006, em Bauru.
 
O Ministro Paulo Vannuchi, da SDH-PR, participa da cerimônia de abertura e de debate sobre a terceira edição do Programa Nacional dos Direitos Humanos(PNDH-3), que reúne 521 ações programáticas para a promoção e defesa dos direitos humanos no Brasil, lançado pelo Presidente Lula em dezembro de 2009.
 
Concebida originalmente para comemorar os 27 anos da promulgação da Lei da Anistia no Brasil, a exposição sobre a ditadura no Brasil foi apresentada pela primeira vez em agosto de 2006, no corredor de acesso ao Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. Desde então, a mostra foi exibida em mais de 50 cidades brasileiras, com cerca de dois milhões e meio de visitantes, e ainda em Buenos Aires, na Argentina, e Coimbra, em Portugal.
 
Na última semana, Vannuchi e Luiz Paulo Barreto, Ministro da Justiça, assinaram acordo de cooperação para a realização de ações conjuntas do Departamento da Polícia Federal e da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos para localizar e identificar mortos e desaparecidos por motivos políticos no período entre 1961 a 1988, conforme definido pela Lei 9.140, de 4 de dezembro de 1995.
 
O acordo envolve investigações e buscas em cemitérios em  São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, e em outras localidades, assim como a análise de restos mortais já encontrados, como os localizados no cemitério de Perus, em São Paulo.
—Queremos possibilitar às famílias o direito de saber o que aconteceu com seu ente querido. Este é um direito da sociedade e um dever do estado brasileiro.Vamos reunir indícios fortes para fazer as buscas. Cada caso identificado é um alento para as famílias e cumpre nosso objetivo geral que é possibilitar ao Brasil processar este passado e seguir adiante na sua vida democrática, destacou o Ministro Vannuchi.
 
*Com informações da SDH.