Ustra vai a julgamento pela morte de jornalista


01/07/2011


O Tribunal de Justiça de São Paulo(TJ-SP) marcou para o próximo dia 27, às 14h30, no Fórum João Mendes, no centro da capital paulista, a audiência da ação movida pela família do jornalista Luiz Eduardo Merlino contra o coronel reformado do Exército Brasileiro, Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Merlino trabalhou no Jornal da Tarde e na Folha da Tarde e era militante do Partido Operário Comunista (POC). Ele foi morto em 19 de julho de 1971, em São Paulo, nas dependências do Doi-Codi, que foi comandado por Ustra entre outubro de 1969 e dezembro de 1973. A audiência acontece 40 anos após o assassinato do jornalista.

 
Na lista das testemunhas de defesa arroladas por Ustra constam os nomes do Presidente do Senado José Sarney, do ex-ministro Jarbas Passarinho, de um coronel e três generais da reserva do Exército Brasileiro(Gélio Augusto Barbosa Fregapani Paulo Chagas, Raymundo Maximiano Negrão Torres e Valter Bischoff).
 
O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos Paulo Vanucchi, o historiador e escritor Joel Rufino dos Santos e ex-militantes Partido Operário Comunista(POC), vão prestar depoimento sobre a morte do jornalista.
 
A ação por danos morais, subscrita pelos advogados Fábio Konder Comparato, Claudineu de Melo e Aníbal Castro de Souza, está sendo movida pela professora aposentada Angela Mendes de Almeida, que era companheira de Merlino, e pela irmã dele, Regina Merlino Dias de Almeida. O número do processo é 5830020101755079.
 
 
Em 2008, Ustra foi declarado torturador pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, em ação movida pela família Teles. Esta é a segunda ação movida pela família de Merlino contra o coronel da reserva do Exército. 

*Com Conjur, TJ-SP.