Trump ataca imprensa e ameaça retirar credenciais


15/08/2016


Donald Trump fala durante um evento de campanha em Fairfield, Connecticut (Foto: Michelle McLoughlin/Reuters)

Trump fala durante um evento de campanha em Connecticut (Foto: Michelle McLoughlin/Reuters)

O site G1 postou que o republicano Donald Trump repetiu, no último sábado (13), um ataque ao presidente norte-americano Barack Obama, afirmando que ele ajudou a “fundar” o Estado Islâmico, e protestou contra reportagens críticas à sua campanha.

Segundo a publicação, em um discurso de mais de uma hora durante um evento em Connecticut, Estado onde tem poucas chances de sair vitorioso, o candidato à presidência dos EUA passou boa parte do tempo reclamando da mídia.

Ele ameaçou mais uma vez revogar as credenciais do jornal “The New York Times”. Esses documentos permitem que os repórteres acessem áreas destinadas exclusivamente à imprensa em seus eventos de campanha. Trump já baniu outros veículos antes, incluindo o “The Washington Post”.

O G1 acrescentou que o jornal de Nova York publicou no sábado um artigo detalhando esforços mal sucedidos da campanha do republicano para fazê-lo focar a atuação nas eleições gerais para a presidência. “Essas são as pessoas mais desonestas”, disse Trump. “Talvez nós comecemos a pensar em tirar as credenciais de imprensa deles.”

Estado democrata

A Agência de Notícias Reuters destacou que, em um Estado fortemente democrata, Trump deixou preocupados muitos republicanos. “É estúpido que ele esteja em Connecticut fazendo um evento público a menos de 90 dias das eleições”, disse o estrategista republicano Matt Mackowiak.

“Você não vê Hillary [Clinton] fazendo campanha publicamente em Idaho e Mississippi. Eu tenho que pensar que isso prova que o candidato está comandando a campanha, o que explica porque é um desastre de proporções bíblicas.”

A publicação informa ainda que, em diversos momentos, a multidão lançou gritos contra Hillary, rival democrata de Trump.
O candidato também abandonou seus esforços recentes para convencer os eleitores de que não falou sério quando afirmou que Obama foi o “fundador” do grupo extremista Estado Islâmico.

“É a minha opinião e a de muitas pessoas”, disse ao público. Democratas e republicanos têm criticado a afirmação.