Trabalhadores do Diário de S. Paulo entram em greve


11/10/2017


Trabalhadores do Diário de S.Paulo em greve (Imagem: Reprodução)

O Diário de S. Paulo passa por nova crise. Com atraso de salário, férias, vale-refeição e recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o veículo de comunicação teve suas atividades paralisadas nesta terça-feira, 10. De acordo com denúncia do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), a redação cruzou os braços por tempo indeterminado em protesto contra os frequentes atrasos de pagamentos. A situação é tão grave que afeta contratados e PJs.

A entidade informa que os profissionais estavam em estado de greve desde 27 de setembro, sendo que houve assembleia na última quinta-feira, 5. O encontro contou com a presença maciça da redação e deixou marcada a data da paralisação para esta terça-feira, quando houve uma nova conversa.

Sem acordo com a empresa, os funcionários decidiram que não vão mais trabalhar. O sindicato afirma tentou abrir conversa com o Diário de S. Paulo para negociar os pagamentos, mas até o momento a direção do jornal não se pronunciou. Na tarde desta quarta-feira, 11, uma nova assembleia será realizada com o objetivo de resolver a situação.

A reportagem do Portal Comunique-se tenta conversar com a presidência e com a diretoria do Diário de S. Paulo desde a tarde de segunda-feira, 9, mas não teve posicionamento até o momento.

Entenda a situação dos jornalistas do Diário de S. Paulo

O sindicato expõe que os jornalistas contratados em regime CLT receberam o salário de agosto somente na semana passada. O pagamento de setembro continua em aberto. Para os que trabalham como Pessoa Jurídica, o último pagamento foi em 20 de agosto. “A crise financeira no Diário de S.Paulo têm se arrastado nos últimos anos e os jornalistas fizeram diversas mobilizações em 2016 e neste ano protestando contra os frequentes atrasos de pagamento e também contra a precarização nas redações”, explica a entidade.