Tarcísio Holanda, novo vice da ABI


31/03/2009


O jornalista Tarcísio Holanda foi eleito nesta terça-feira, dia 31 de março, por aclamação, para o cargo de Vice-Presidente da ABI, em substituição ao jornalista Audálio Dantas, que renunciou em 15 de dezembro passado. A proposta de eleição de Tarcísio foi formulada pelo Presidente da ABI, Maurício Azêdo, que ressaltou a longa trajetória profissional dele. Tarcísio está radicado há cerca de 30 anos em Brasília, onde, disse Maurício, será um escalão avançado de defesa dos interesses da ABI.

Durante a sessão, o Conselho Deliberativo da ABI observou um minuto de silêncio em memória das vítimas da ditadura militar imposta ao País em 1º de abril de 1964. Ao se manifestar sobre o tema, o Conselheiro Mário Augusto Jacobskind ressaltou que o regime militar não terminou em 1985, após a eleição de Tancredo Neves e José Sarney para Presidente e Vice-Presidente da República, uma vez que ficou comprovado pela divulgação recente dos arquivos do Serviço Nacional de Informações que os agentes da ditadura continuavam a policiar os adversários do regime e a produzir relatórios buscando incriminá-los.

Por proposta do Presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos, Wilson Fadul Filho, o Conselho aprovou ainda a realização de debates, no fim de maio, sobre a relação mídia e violência no Estado do Rio de Janeiro analisada do ângulo do Poder Judiciário e da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção do Estado do Rio de Janeiro. Para os debates serão convidados autoridades do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e dirigentes da OAB-RJ.

O Presidente do Conselho Deliberativo, Pery Cotta, comentou os textos divulgados pela imprensa acerca das atas do Conselho de Segurança Nacional na época da ditadura, incluída aquela em que o Presidente Artur da Costa e Silva define a Diretora do Correio da Manhã Niomar Moniz Sodré como uma mulher “violentamente agressiva”, para justificar as perseguições que a ditadura lhe impunha. Pery Cotta propôs que a ABI realize uma sessão de desagravo a Niomar Moniz Sodré, em ato para o qual seria convidada a Associação Nacional de Jornais-ANJ, uma vez que Niomar era dona de um
jornal.