07/05/2018
A RSF alerta que o exercício do jornalismo está cada vez mais perigoso mesmo em países que elegem dirigentes democraticamente. Pelo relatório deste ano, aumentou o ódio dirigido aos jornalistas em 180 países.
Exercer a liberdade de imprensa está cada vez mais complicado em um mundo onde os jornalistas são ameaçados por governos e usados como moeda de troca em conflitos por grupos terroristas. A ONG Repórteres Sem Fronteiras “, constatou em seu relatório anual, a hostilidade contra os meios de comunicação é encorajada por políticos em flagrante ameaça aos regimes democráticos”.
A organização criticou países “cujos dirigentes podem se vangloriar de ter amordaçado a informação” no último ano. Alguns são reincidentes, segundo a RSF: Arábia Saudita, Irã, Coreia do Norte, Burundi, Eritreia, Azerbaijão, Cuba, Venezuela, Rússia e China, mas outros entraram na lista este ano: Egito, Tailândia e Turquia, onde os controles sobre jornalistas foram reforçados drasticamente.
Segundo o relatório, os líderes desses países acreditam que o controle dos veículos de imprensa é necessário para manter a segurança e a estabilidade e sob este argumento o Egito, por exemplo, mantém mais de 20 jornalistas presos. Na China estão detidos dezenas de profissionais críticos ao sistema. “Incitar a subversão contra o poder do Estado”, “divulgar informações falsas” e “incitar a violência” se transformaram na fórmula para fazer calar os que contradizem as opiniões de governos ou grupos armados, diz o documento.
Divisão por cores:
Nesta nova edição, a Noruega permanece no topo do Ranking pelo segundo ano consecutivo, seguida, como no ano passado, pela Suécia (2o). Tradicionalmente respeitosos da liberdade de imprensa, os países nórdicos não deixam de ser afetados pela deterioração geral. Pelo segundo ano consecutivo, a Finlândia (4o, -1), enfraquecida por um caso onde o sigilo das fontes foi ameaçado, cai no Ranking e perde seu terceiro lugar para a Holanda. No outro extremo do Ranking, a Coreia do Norte (180o) mantém a última colocação.