RSF: 57 jornalistas foram assassinados em 2010


30/12/2010


Um relatório divulgado nesta quinta-feira, 30 de dezembro, pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), aponta o assassinato de 57 jornalistas no exercício da profissão, em 2010. O número de mortes é considerado alto, mas foi inferior ao do ano passado quando foram registradas 76 mortes, de acordo com o balanço anual da RSF.
 
Segundo a RSF, o recorde de assassinatos de profissionais da mídia em 2009 tem a ver com o massacre de mais de 20 repórteres por uma milícia ligada a uma autoridade das Filipinas.
 
O Secretário Geral da RSF, Jean-François Julliard alertou para a falta de empenho das autoridades na identificação dos criminosos:
— Se os Governos não fizerem todos os esforços para punir os assassinos de jornalistas, eles serão cúmplices dessas mortes, afirmou Jean-François.
 
O estudo da RSF mostra também que México, Paquistão e Iraque continuam liderando a lista das regiões mais perigosas para o exercício da profissão de jornalista. De acordo como relatório, na Ásia 20 repórteres foram assassinados, 11 deles no Paquistão. Na América Latina, a RSF registrou três mortes em Honduras, duas na Colômbia e uma no Brasil.
 
Na Europa foram registrados quatro assassinatos de jornalistas. Os países onde ocorreram as mortes são Grécia, Letônia, Rússia e Ucrânia,
 
 
Nas regiões onde a população sofre por causa das ações do narcotráfico, como México e Colômbia, a situação é alarmante. Conforme destaca o estudo da RSF “a violência dos traficantes pesa sobre o conjunto da população e por ali sobre os jornalistas, que estão expostos”.
 
O relatório da RSF indica também que houve um aumento de crimes de sequestro. Em 2010, foram registrados 51 sequestros contra 29 em 2009, e os 33 catalogados em 2008.
 
* Com informações da Repórteres Sem Fronteiras.