Do 247
Dirigentes do Partido dos Trabalhadores receberam a informação de que uma operação da Polícia Federal poderia atingir aliados de Lula ou o próprio candidato a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais.
“Recebemos informações de que setores do Estado aparelhados pelo bolsonarismo estariam buscando forjar fatos que justifiquem operações bizarras contra nosso campo democrático”, afirma o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, segundo a jornalista
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo. Marinho é coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) ao governo do estado de SP e integra também a campanha de Lula.
Marinho afirma que o partido já estuda “medidas judiciais para evitar essa violência contra a democracia”.
O sinal de alerta soou forte no PT a partir da operação da PF contra o governador de Alagoas Paulo Dantas (MDB-SP). O emedebista apoia Lula e é aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Na sua coluna no
UOL, Monica Bergamo acrescenta:
“O histórico de eleições passadas também serve como reforço para o temor de uma operação às vésperas do pleito. Em 2018, por exemplo, o então
juiz Sergio Moro incluiu uma delação de Antonio Palocci em ação contra Lula. A seis dias das eleições, levantou o sigilo das informações, atingindo a campanha de Fernando Haddad (PT-SP), que disputava a Presidência contra Jair Bolsonaro”.
“O ministro Gilmar Mendes, que também votou pela retirada, disse que o acordo de Palocci tinha sido juntado aos autos há tempos, e que a “demora” em sua divulgação “parece ter sido cuidadosamente planejada pelo magistrado [Moro] para gerar verdadeiro fato político na semana que antecedia o primeiro turno das eleições presidenciais de 2018”.