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Postos de comando no trabalho carecem de diversidade, igualdade e inclusão


24/11/2024


Por Gloria Alvarez, diretora de Mulheres e LGBTQIA+

O jornal Valor Econômico publicou no último dia 20 a matéria A difícil jornada da igualdade, assinada por Jacilio Saraiva, sobre as dificuldades no mercado de trabalho, onde são analisados quatro estudos promovidos pelo Instituto Ethos; Fundo Político e Instituto Matizes; Deloitte; e Indice de Equidade Racial Empresarial (IERE). Esses estudos, divulgados em 2023 e 2024, reúnem dados de 1,6 mil companhias e analisam a inserção profissional de grupos como mulheres, negros, LGBTQIA+, pessoas com deficiência (PCDs) e com mais de 45 anos.

O cenário aponta que o aumento de iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) nas empresas é reduzido, principalmente, em postos de comando. A proporção de homens brancos nesses cargos é 60,8%; de mulheres brancas 25,5%; de homens negros 10%; de mulheres negras 3,4%; e outros 2,2%.

Quanto às empresas, no Brasil, com metas de promoção da igualdade de oportunidades para cargo de liderança, o cenário é: 51,6% promovem ações para mulheres chegarem a postos de comando mas 45,3% não têm ações e metas. Cerca de um quinto das empresas pesquisadas (21,1%) preocupam-se com pessoas negras; 7,4% com mulheres negras; 6,3% com pessoas com deficiências; 3,2% com LGBTQIA+; e 3,2% com trabalhadores de 45 anos ou +.

O envolvimento da alta gestão no incremento dessas iniciativas é visto como fundamental para ampliar as oportunidades de crescimento profissional, suas representatividades no ambiente de trabalho e equilíbrio social.