Por direitos, democracia, por dignidade: jornalistas por Lula Presidente e Haddad Governador


20/10/2022


A vitória da cultura do ódio ou o renascimento da esperança e da autoestima do povo brasileiro.
A completa submissão do país a interesses externos e de poucos privilegiados ou a reconquista de
nossa soberania. O massacre da classe trabalhadora pela fome, desemprego e aniquilação de
direitos ou o início de um novo ciclo de lutas por dignidade e garantias sociais. O autoritarismo
legitimado pela violência do Estado e de agentes privados ou o fortalecimento de uma
democracia que realmente sirva ao seu povo. Enfim, a barbárie ou a soberania popular.

É sobre isso que se trata a disputa das eleições do dia 30 de outubro. Nós, jornalistas, passamos os
últimos quatro anos realizando nosso trabalho sob ameaças, xingamentos, ataques e perseguições
cometidas diretamente por Jair Bolsonaro e amplificadas por seus seguidores. Sabemos na pele o
que significa a ameaça de um governo criminoso e de seus desejos autoritários de silenciar a livre
circulação de informações. Bolsonaro foi condenado, em primeira instância, por assédio moral
coletivo contra a nossa categoria, em processo movido pelo Sindicato dos Jornalistas de SP.

Assim, as e os jornalistas de São Paulo não podem pensar em outra opção neste 2º turno que não
seja a intransigente luta pela derrota de Bolsonaro e pela eleição de Luís Inácio Lula da Silva.
Reafirmamos a independência do trabalho jornalístico e respeitamos a posição individual de
colegas que preferem não se manifestar politicamente em um ambiente já contaminado pelo ódio
político promovido pelo bolsonarismo.

Mas sabemos bem que este momento do processo eleitoral não apresenta uma escolha muito
difícil. Nunca o foi. Lula e Bolsonaro jamais serão comparáveis e não são dois extremos de uma
mesma moeda. Há apenas uma dicotomia possível aqui. Bolsonaro representa o porão dos 500
anos de horrores e violência que marcam nosso país sob o jugo de sua classe dominante. Já Lula,
com todos os desafios e dificuldades impostos por esta difícil conjuntura, simboliza a possibilidade
de que construir um país mais digno é um direito inerente ao povo brasileiro.

Neste sentido, também reconhecemos em Fernando Haddad a esperança concreta de que o
estado de São Paulo tenha um governador capaz de lutar ao lado da classe trabalhadora por
direitos e dignidade. Para nós, jornalistas, a eleição de Haddad também representará a
possibilidade do fortalecimento da comunicação pública, desprezada nas últimas décadas com o
sucateamento da TV Cultura e a extinção da Imprensa Oficial. As eleições para o governo
estadual paulista espelham a luta que ocorre em âmbito nacional e, assim, temos o dever de lutar
com todos os nossos esforços para derrotar Bolsonaro e seus prepostos.

Nos somamos a todas e todos os companheiros que resistem bravamente desde 1º de janeiro de
2019 e que não tiraram os pés das ruas neste período eleitoral. Falta pouco, muito pouco para
virarmos uma das mais tristes páginas da história do Brasil. A esperança vencerá o ódio.

O povo brasileiro vencerá Bolsonaro.

Comitê Popular de Jornalistas Lula Presidente e Haddad Governador