Polícia Civil recupera armas roubadas do sítio de Paulo Malhães


Por Igor Waltz*

13/05/2014


Armas roubadas do sítio de Paulo Malhães e recuperadas pela polícia do Rio (Foto: Rafaela Marinho/O Globo)

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) anunciou na manhã desta segunda-feira, 12 de maio, que recuperou setes das armas e objetos pessoais da casa do tenente-coronel reformado do Exército Paulo Malhães, que foi encontrado morto em 25 de abril, no sítio onde morava, em Nova Iguaçu. Segundo a polícia, duas pessoas foram presas por porte ilegal de armas.

As identidades dos presos estão sendo mantidas em sigilo para não atrapalhar as investigações. Não se sabe, porém, se os presos são Anderson e Rodrigo Pires, irmãos do caseiro Rogério Pires, que trabalhava no sítio de Paulo Malhães. Os três são suspeitos de terem participado do crime com um outro homem ainda não identificado. O armamento estava escondido em uma residência em Santa Cruz, na Zona Oeste.

No imóvel, também foi recuperado munições e alguns utensílios domésticos roubados no sítio do coronel, além de três celulares, dois silenciadores e dinheiro. A identidade dos suspeitos será mantida sob sigilo para não atrapalhar as investigações.

Os investigadores informam que a viúva do militar, Cristina Malhães, já identificou os objetos recuperados, que serão apresentados em entrevista coletiva na sede da DHBF. O delegado adjunto Willian Pena Júnior, responsável pelo inquérito, disse que as prisões reforçam a tese do latrocínio (roubo seguido de morte). Ele afirmou que ainda faltam recuperar duas pistolas.

Na semana passada, Rogério Pires negou aos senadores Ana Rita (PT-ES), João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que teria confessado a participação na morte do tenente-coronel aos policiais. Os parlamentares foram visitar o caseiro, detido na DHBF.

Até o momento a polícia não divulgou o laudo cadavérico do corpo de Paulo Malhães que aponta a causa da morte, e deve sair até o final desta semana. Na guia de sepultamento, está registrado “edema pulmonar, isquemia de miocárdio e miocardiopatia hipertrófica”, o que pode, segundo especialistas, ter ocorrido um infarto. Uma das linhas de investigação da polícia também é de que o militar tenha sido morto por asfixia.

*Com informações do jornal O Globo.