Plano de segurança não cessa mortes no México


09/09/2010


Um dia após a assinatura do protocolo de segurança para jornalistas, no dia 6, em Chihuahua, México, o jornalista Marcelo Tejero Ocampo, 64 anos, locutor de uma emissora de rádio, foi morto no interior de sua residência no município de Carmen, estado de Campeche. Segundo a polícia, o corpo apresentava sinais de asfixia.
 
O crime eleva o ranking da violência contra profissionais da imprensa no México, no dia seguinte à solenidade que reuniu representantes de associações de jornalistas e autoridades de Chihuahua, para o lançamento do protocolo de segurança para jornalistas em coberturas de risco. Chihuahua, localizada na fronteira dos Estados Unidos, é considerada uma das regiões mais perigosas no mundo para jornalistas, em função da violência relacionada ao tráfico de drogas.  
 
O protocolo inclui medidas para ampliar a segurança dos jornalistas e compromissos das autoridades em relação à imprensa, como o respeito à liberdade de expressão e ao direito à informação. Entre outros itens, o documenta recomenda, por exemplo, que os jornalistas evitem o uso de fontes anônimas.
 
Participaram da assinatura do protocolo, representantes de entidades jornalísticas, profissionais de imprensa autônomos e autoridades de Chihuahua, entre elas, o Governador Reyes Baeza Terrazas, e os Presidente do Tribunal de Justiça, Rodolfo Acosta, e da Comissão Estatal de Direitos Humanos, José Luis Armendariz.
 
Em seu discurso, Reyes Baeza Terrazas reconheceu o papel da imprensa na sociedade e os perigos aos quais os jornalistas estão expostos na missão de informar.
— Destaco a importância dos meios de comunicação para a democracia. Precisamos continuar cumprindo o dever de levar informação à sociedade.
 
Para José Luis Armendáriz a assinatura do documento representa “um marco na luta contra o crime organizado”:
 —Através deste protocolo será possível capacitar os jornalistas para ações preventivas contra a onda de violência que assola o país.
 
O primeiro encontro para a elaboração do protocolo aconteceu em 26 de julho último, reunindo jornalistas, representantes do Governo e da Polícia, com o objetivo de facilitar a cobertura de eventos de risco e proteger os profissionais da imprensa.
—Por causa da falta de conhecimento dos policiais e militares sobre os direitos dos jornalistas, grande parte dos responsáveis pela proteção das áreas de risco considera fotógrafos e repórteres inimigos em potencial, ressaltou o jornalista Ernesto Avilés, do Diário de Chihuahua.
 
O Presidente da Federação das Associações de Jornalistas do México, Roberto Piñón, enfatizou que, além de melhorar as relações entre a imprensa e a polícia, é preciso capacitar os repórteres para a cobertura de situações de risco. O protocolo, em suas palavras, será um manual para evitar o perigo.

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*Com informações Knight Center for Journalism, Masnoticias e o Tiempo.
 
 
 

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