Pedro Pomar, Angelo Arroyo, Drummond, Presentes!


16/12/2022


Nesta sexta-feira, 16 de dezembro, faz 46 anos que a ditadura militar assassinou Pedro Pomar, Angelo Arroyo e João Batista Drummond, dirigentes do PCdoB. Pomar e Arroyo foram fuzilados no ataque da repressão ao aparelho do Comitê Central do Partido, na Rua Pio XI, 767, no bairro da Lapa, em São Paulo, no episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa. Drummond foi preso e morreu sob tortura nas dependências do DOI-CODI do II Exército, na Rua Tutóia, em São Paulo.

Essa foi a última grande operação repressiva realizada pelo DOI-CODI, em São Paulo, e Pomar, Arroyo e Drummond foram as três últimas vítimas daquele centro de repressão, criado em 2 de julho de 1969, com o nome de Operação Bandeirantes (OBAN), e que funcionou até 1982 no complexo de prédios, entre as ruas Tutóia, 921, Thomaz Carvalhal, 1030 e Coronel Paulino Carlos, no bairro do Paraíso, pertencentes ao Governo do Estado de São Paulo, nos fundos do 36º DP, que funciona ali até hoje. O DOI-CODI foi oficialmente desativado por uma Portaria do Ministério do Exército, de 18 de janeiro de 1985,

Cruzando os dados coletados pela Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, pela Comissão Nacional da Verdade e pelo jornalista Marcelo Godoy, no livro A Casa da Vovó, pode se afirmar que, de setembro de 1969 a dezembro de 1976, 78 brasileiros foram mortos por ação direta de agentes do DOI-CODI do II Exército, sob tortura, executados em operações de rua ou assassinados em outros centros clandestinos de repressão. De João Domingos da Silva e Virgílio Gomes da Silva, em setembro de 1969, a Ângelo Arroyo, João Baptista Franco Drummond e Pedro Pomar, em dezembro de 1976.

Pomar, Arroyo e Drummond, Presentes!