Palestrantes falam sobre como empreender na crise


24/11/2016


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O palestrante Sérgio Dias, na ABI

Para discutir como empreender com otimização em tempos de crise a Associação Brasileira de Imprensa, em parceria o Jansen Oliveira, advogado da entidade e também presidente da Comissão de Direito à Liberdade de Expressão da OAB-Barra da Tijuca, e a KB Comunicação, promoveram as palestras sobre “Inovar em Tempo de Crise” e sobre “O que As Empresas Podem Perder se Não Implantarem o Compliance Fiscal em Um Futuro Bem Próximo”,  realizadas no dia 23/11 (quarta-feira), das 14h às 17h, no auditório da ABI.

O evento teve como convidados os palestrantes o empresário Sérgio Dias e Claudio Carneiro, especialista em direito tributário e financeiro.

O empresário Sergio Dias palestrou sobre a simplicidade que é inovar e apontou alguns caminhos para empreender nesse momento de crise.  O autor do livro “Inovar em Tempo de Crise e Fora Dela Também” levou temas como ciclo do produto, tipos de investidores e como toda crise pode trazer oportunidades através da inovação e da diferenciação.

“As adversidades estão aí para todos. A diferença está na atitude do empreendedor. Alguns vão tomar uma atitude e outros não. Não adianta sentimento de autopiedade nem de lamentação. Atitude é identificar as oportunidades, planejar, executar. É preciso que se estude o produto que esteja em falta no mercado. É importante superar as expectativas de seu cliente. Você não fideliza se não encantar o cliente”, sugere o especialista.

Segundo Sérgio, os desafios são grandes nos tempos atuais, mas para tornar uma empresa sustentável e competitiva por bastante tempo no mercado é preciso quebrar paradigmas. Isso significa, de acordo com Sérgio, fazer mais com menos e agregar valores éticos às organizações. “É preciso racionalizar o recurso e ter valores. Há empresas que fizeram seu diferencial em cima de causas ambientais, por exemplo. Outra dica é buscar apoio de órgãos responsáveis como o Sebrae e o Sesi”.

Já Claudio Carneiro ministrou sobre a importância do Compliance Fiscal para os negócios, além dos benefícios que as empresas vão ganhar com a sua implantação. Entre esses benefícios estão a competitividade de mercado, prevenção de implicações pessoais e fiscais, favorecimento do ambiente empresarial, gerenciamento de riscos de maneira eficaz e combate aos subornos de colaboradores das organizações.

O advogado Claudio Carneiro abriu a palestra falando sobre o significado da palavra Compliance. Ele ressaltou que nos dias atuais o Compliance é uma necessidade para as empesas, um serviço de  inovação e quem não tirar a sua implantação pode ter muitas dificuldades ou até desaparecer no mercado. A ideia é evitar os riscos de cometimento de condutas pessoais ou organizacionais consideradas ilícitas ou incoerentes com os princípios e missões.

“Quando uma empresa está em Compliance, significa que ela está em conformidade, ou seja, cumprindo as leis e regulamentos internos e externos. Para que isso ocorra, todos os colaboradores dentro da Instituição devem se envolver, sempre executando suas tarefas dentro dos mais altos padrões de qualidade e ética. No Brasil, as empresas participantes dos mercados de seguros, previdência privada aberta, capitalização e resseguro devem cumprir, além de leis federais, estaduais, municipais e decretos, os normativos de autoridades regulatórias como a SUSEP-Superintendência de Seguros Privados, assim como o regulamento interno da empresa. Já os Bancos seguem as normas do Banco Central do Brasil”.

Ainda de acordo com Claudio, a missão da área de Compliance em uma instituição é assegurar a existência de políticas e normas, processos para mitigar riscos, relatórios que visem melhorias nos controles internos e práticas saudáveis para a gestão de riscos operacionais. Tudo isso para garantir credibilidade frente a clientes, fornecedores, acionistas e colaboradores, de forma transparente, assegurar a estrutura organizacional e os procedimentos internos estão em conformidade com os regulamentos externos e internos, além de permitir que a companhia mantenha suas finanças saudáveis, minimizando riscos de perdas. “Todos os empresários, num futuro bem próximo terão que se adequar a essa regra”, concluiu o especialista.