O representante do alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Frej Fenniche, denunciou nesta terça-feira, 22, em entrevista coletiva, o desaparecimento de jornalistas e ativistas durante os protestos na Líbia.
—Sabemos que eles foram detidos, mas ninguém sabe onde eles estão, qual é o paradeiro, se estão vivos ou mortos.
Segundo Fenniche, as denúincias foram encaminhadas à ONU por representantes de ONGs e defensores dos direitos humanos, segundo os quais, cerca de 250 pessoas morreram em meio às manifestações contra o Governo de Muammar Kadafi.
Fenniche ressaltou que o número de vítimas pode ser ainda maior, e destacou a necessidade de o Conselho dos Direitos Humanos(CDH) das Nações Unidas reagir com urgência à situação.
Diversas entidades civis exigiram que as violações aos direitos humanos na região libanesa sejam debatidas em sessão urgente na ONU, assim como a proposta de retirada da Líbia da lista de países membros do CDH.
Fenniche afirmou que os membros do CDH e da Assembleia Geral da ONU vão definir as ações. A Assembleia Geral tem o poder de suspender a participação de um país no CDH, em caso de violação grave dos direitos humanos e de falta de cooperação.
A alta comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, sublinhou que o nível de violência imposto aos civis na Líbia pode representar crime contra a humanidade.
Nesta terça-feira, 22, foi convocada uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU para se discutir o assunto.
*Com informações da agência EFE.