O escândalo do tablóide tem mais uma página


29/07/2011


O caso dos grampos ilegais do extinto tablóide News of the World continua mostrando a existência de uma extensa rede criminosa por trás do maior escândalo envolvendo a mídia londrina nos últimos anos. Nesta sexta-feira o detetive particular Glenn Mulcaire, acusado de envolvimento direto nas escutas telefônicas ilegais, disse que era “contratado do jornal” e que agia “sob ordens dos outros”, informa o jornal Folha de S. Paulo.
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Por meio de um comunicado, divulgado nesta sexta-feira por seu advogado, Mulcaire diz que se “arrependeu” e pede “desculpas” aos que foram vítimas dos seus procedimentos ilegais. Contrariando a versão dos executivos do News of the World, o detetive nega que tenha agido de maneira “unilateral” e “por conta própria” no episódio dos grampos telefônicos.
 
 
 
O depoimento de Mulcaire reforça a informação publicada no jornal inglês The Guardian de que a Scotland Yard tem evidências que incriminam o detetive por ter grampeado o telefone de Sara Payne, cuja filha Sarah foi seqüestrada e morta em 2000.
 
 
Na quinta-feira, 28 de julho, a organização The Phoenix Chief Advocates, fundada por Sara Payne, comunicou que a polícia tinha advertido a mãe da menina de que foram encontradas informações suas na base de dados de Mulcaire.
 
 
A notícia de que Sara Payne também foi vítima das escutas telefônicas ilegais do News of the World causou perplexidade na Grã-Bretanha, porque o tablóide a apoiou no lançamento de uma campanha para mudar a lei britânica de proteção infantil, e segundo informações da Folha, o News of the World deu de presente para Sara um telefone celular e a caixa postal desse aparelho “pode ter sido acessada pelo detetive a serviço do jornal”.
 
 
* Com informações da Folha Online.