Número de jornalistas presos atinge recorde


11/12/2012


Um estudo do Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) revelou que, até o dia 1º de dezembro, foram presos em todo o mundo 232 os repórteres, número recorde desde que a entidade com sede nos EUA começou a realizar a contagem, há 22 anos. Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 11 de novembro. 

O total tem 53 jornalistas a mais do que em 2011. Em primeiro lugar com maior número de jornalistas detidos está a Turquia, com 49 presos, seguido pelo Irã, com 45, e a China, onde 32 repórteres estão atrás das grades.

 
“Estamos vivendo numa era em que as acusações de ser contra o Estado e o rótulo de terrorista se tornaram os meios preferidos dos governos para intimidar, deter e prender jornalistas”, disse em nota o Diretor-executivo do CPJ, Joel Simon.
 
Para Simon, “criminalizar a cobertura de tópicos inconvenientes viola, não apenas a lei internacional, mas impede os direitos dos povos do mundo de reunirem, disseminarem e receberem informação independente”.
 
Na Turquia, as autoridades mantêm detidos “dezenas de repórteres curdos e editores sob acusações ligadas a terrorismo e outros jornalistas por alegadamente conspirarem contra o Governo”. Já o Irã, prossegue a repressão iniciada depois das eleições presidenciais de 2009. Na China, 19 dos 32 jornalistas estão na cadeia por documentarem revoltas iniciadas em 2008.
 
A Eritreia é classificada como o maior violador de procedimentos devidos, com 28 jornalistas detidos, sem que qualquer deles tenha sido acusado publicamente por um crime ou levado a tribunal.
 
O relatório do CPJ realçou, ainda, que pela primeira vez desde 1996 nenhum jornalista da Birmânia se encontrava preso, enquanto Cuba foi o único país das Américas a regressar à lista.
 
* Com informações do Portal Imprensa e do TVi24