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Morre o jornalista Luiz Recena Grassi, aos 73 anos


14/10/2025


Por Luciana Corrêa, no Correio Braziliense

Foto: Reprodução

O jornalista Luiz Recena Grassi morreu nesta terça-feira (14/10), às 00h29, em Brasília, aos 73 anos. Recena enfrentava problemas de saúde e estava sob cuidados médicos nas últimas semanas. A família agradeceu o apoio de amigos, colegas e das equipes médicas que o acompanharam nos últimos dias. O velório será nessa quarta-feira (14), das 15h00 às 17h00, na Capela 7 do Campo da Esperança. A cerimônia de cremação será amanhã (15), restrita à família.

Luiz deixa a esposa e jornalista, Rozane Oliveira, e dois filhos: Jaime Recena, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB), e o jornalista Diego Recena, que escreveu ao Correio em homenagem ao pai:

“Meu pai tinha vocação para ser jornalista. Tudo virava história para contar ou notícia para escrever. Era muito generoso com as pessoas e carinhoso com os amigos. Passou por jornal impresso, rádio e televisão, além de ter sido colaborador de uma série de jornais, agências e veículos ao redor do mundo.

Como correspondente internacional, passou 8 anos na extinta União Soviética, em Moscou, na época da Perestroika, e depois mais um bom tempo na França, em Paris. Foi o primeiro jornalista brasileiro a entrar na usina de Chernobyl após o acidente nuclear, entrevistou muitas lideranças internacionais como Mikhail Gorbatchov e Fernando Henrique Cardoso, cobriu atentados à bomba, esteve na Faixa de Gaza, falou com Fidel Castro, fez uma reportagem com Gabriel Garcia Márquez e muitas outras matérias importantes sobre os personagens da vida real brasileira.

Foi sempre um pai muito amoroso, um companheiro apaixonado, um tio querido, um amigo de todas as horas e mais recentemente um avô dedicado. Amante da vida, aproveitou ao máximo cada momento. Fica o legado para sempre.”

Mais de 40 anos de carreira

Com uma carreira de mais de quatro décadas na imprensa, Recena acumulou passagens marcantes por importantes veículos nacionais e internacionais. Entre 1982 e 1985, atuou na Rede Globo de Televisão como chefe de reportagem, além de editor do Jornal Nacional e do Jornal da Globo. Foi repórter especial do Correio Braziliense entre 1986 e 1997, período em que trabalhou como correspondente internacional em Moscou e Paris.

Entre 1988 e 1992, colaborou com a agência russa Tass, no serviço de notícias em português, e simultaneamente foi correspondente para veículos como Jornal do BrasilAgência EstadoRádio EldoradoDiário de Notícias (Lisboa) e Deutsche Welle. De 1998 a 2004, foi diretor de redação da Gazeta Mercantil, também assumindo a direção-regional das sucursais de Brasília, Recife e Rio de Janeiro. Em 2005, comandou a reformulação editorial da Tribuna do Brasil como editor-chefe.

Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 1975, Recena era um profissional respeitado e voz atuante na imprensa brasiliense. Também era reconhecido por sua postura crítica, integridade e dedicação ao ofício jornalístico.