Morre o jornalista Antonio Roberto Salgado Cunha


21/08/2008


 Cunhão na carteira da ABI: sócio número 0599

Morreu às 23h15 desta quarta-feira, dia 20, aos 58 anos de idade, vítima de câncer no pulmão, o jornalista e membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa Antonio Roberto Salgado da Cunha, que estava internado no Hospital Santa Cruz, em Niterói-RJ. O corpo está sendo velado na Capela 2 do Memorial do Carmo e o sepultamento será nesta quinta, 21, às 16h, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

Sócio da ABI desde 22 de outubro de 1974, Cunhão, como era conhecido no meio jornalístico, foi eleito para o Conselho Deliberativo da ABI, como membro efetivo, para o período de 2003 a 2006 e depois se reelegeu para novo mandato, até 2009.

Segundo o Presidente da Casa, Maurício Azêdo, nos anos 70 Antonio Cunha integrou no Rio “uma equipe brilhante da sucursal do Jornal da Tarde, liderada pelo jornalista Ayrton Baffa, que à época era o Secretário de Redação, e na qual figuravam os jornalistas Domingos Meirelles, Luiz Carlos Lisboa, Cláudio Lacerda e os fotógrafos Iarli Goulart e Fernando Bueno”:
— Ele começou muito jovem como repórter e sempre teve um desempenho jornalístico marcado pela competência e por um compromisso inarredável com a busca da verdade — declarou Maurício.

Para Domingos Meirelles, que também trabalhou com Cunhão no Estadão e em O Jornal, sua principal característica era a solidariedade com os colegas:
— Ele foi um dos profissionais mais dedicados e afetuosos com os companheiros com quem trabalhei até hoje. Era solidário, prestativo, e também superqualificado, com um faro incomum para a notícia. 

Magdalena de Almeida, atualmente Diretora do Instituto Ary Carvalho, lembra do tempo em que trabalhou com Antonio Cunha no Jornal da Tarde. Lembrou que o jornalista se destacava em uma Redação, da qual faziam parte Ferreira Gullar, Maurício Menezes, Márcio Guedes, Rui Portilho, Fernando Molina, João Zacarias, Roberto Arruda, Gilson Menezes e Gilson Rebello:
— O Antonio Cunha tinha um excelente caráter. Era um chefe da maior competência, e acima de tudo, o que é raro na relação profissional, um grande amigo. Outra característica que o destacava era a capacidade de encomendar uma matéria para o repórter com o perfil mais adequado para desempenhar aquela função. O que era muito bom porque garantia o sucesso do trabalho.

Depois que se afastou do jornalismo diário, Antonio Roberto Salgado Cunha passou a trabalhar como consultor e assessor de imprensa. Foi assessor de Comunicação Social do Governador Marcello Alencar e, mais recentemente, exerceu a mesma função nos governos de Anthony e Rosinha Garotinho e na Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae).