ABI lamenta morte de Evaristo de Oliveira


23/11/2017


Vice-presidente executivo do Correio Braziliense, Evaristo de Oliveira

Morreu na noite dessa quarta-feira (22), aos 72 anos, o vice-presidente executivo do jornal Correio Braziliense, Evaristo de Oliveira. O contador e empresário sofreu um acidente vascular cerebral e, durante a recuperação, sofreu uma queda. Ele bateu a cabeça e precisou ser internado no Hospital Santa Luzia.

Natural de Luziânia (GO), Evaristo teve relação com Brasília ainda menino, aos 10 anos, quando acompanhou de perto a construção da futura capital do Brasil. O ano era 1956. Nome importante do Diários Associados, o pioneiro começou a carreira no Correio Braziliense aos 19 anos.

O gestor começou como datilógrafo. Subiu para chefe do Departamento de Pessoal, avançou para o comando da contabilidade e, em seguida, foi para a a Gerência de Operações. Foi diretor-gerente, até ser eleito para o Condomínio Acionário do Grupo Diários Associados, em 1992. Foram 52 anos dedicados ao diário.

Além do compromisso de excelência no trabalho, Evaristo era tido com um homem simples, elegante, cordial e sempre muito simpático, dentro e fora do ambiente de profissional. O carinho com os funcionários sempre foi regado de muito carinho.

Texto de Silvestre Gorgulho – jornalista, Conselheiro da ABI e ex-Secretário de Estado da Cultura do DF

EVARISTO de OLIVEIRA,

UM BRASILIENSE ANTES DE EXISTIR BRASÍLIA.

Vice-presidente da Fundação Assis Chateaubriand e vice-presidente executivo do CORREIO BRAZILIENSE, jornal que nasceu no mesmo dia da nova capital do Brasil, em 21 de abril de 1960, Evaristo de Oliveira foi um eterno defensor do vigor político do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira e das 31 metas prometidas e cumpridas que fizeram de JK o maior presidente da República do Brasil.

Evaristo de Oliveira acompanhou a construção de Brasília desde o primeiro dia. Ainda em 1956, com apenas 11 anos, ele conta em detalhes como a população de Luziânia saía às ruas para aplaudir e ver entusiasmada as máquinas, caminhões, comboios e tratores que chegavam de Belo Horizonte e São Paulo para atravessar as ruas de sua cidade natal em direção ao canteiro de obras do Plano Piloto. “A meninada era uma euforia só. Nossos pais e tios viam aquele movimento como a redenção do Centro-Oeste. E o povo como uma grande oportunidade de trabalho”.

Aos 15 anos, Evaristo já vinha todos os dias trabalhar na construção da nova capital. Depois, integrado aos canteiros de obra, aqui estudou, aqui se formou e aqui constituiu família. Aqui trilhou, como profissional exemplar, todas as funções do Correio Braziliense.

Entrou no Correio em 17 de março de 1965, com apenas 20 anos. Em março de 2015, fez 50 anos de casa com direito a festa, bolo de parabéns e o reconhecimento de toda família dos Diários Associados. No dia da homenagem, a diretora de Redação, Ana Dubeux, primeira mulher a entrar no Condomínio dos Diários Associados, foi bem feliz no seu comentário: “Evaristo é testemunha e protagonista da História do jornal que faz parte da trajetória da cidade, pois o Correio nasceu no mesmo dia de Brasília”.

Evaristo de Oliveira, pelo seu trabalho, por sua história de vida pessoal e profissional e por sua permanente defesa da Memória de Brasília e do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira recebeu, em 12 de setembro último, dia do aniversário do Presidente, a MEDALHA JK, em seu grau máximo.

Um reconhecimento merecido. Foi, sim, a última homenagem em vida. Mas foi o coroamento de todas as outras medalhas, condecorações e prêmios que recebeu nos seus 72 de vida.

Brasília está muito triste, mas está agradecida e orgulhosa pelo legado que Evaristo de Oliveira deixa para nós brasilienses.

OBRIGADO, EVARISTO!