Memórias de Pedro Hidalgo, vítima de Pinochet


25/09/2012


Será lançado nesta quarta-feira, 26 de setembro, na sede da OAB-RJ, a partir da 19h, e distribuído gratuitamente, o livro “Do fogo à luz”, de autoria do Engenheiro Agrônomo Pedro Hidalgo, ex-Ministro da Agricultura responsável pela Reforma Agrária no governo Salvador Allende e também ex-preso político na ditadura chilena de Augusto Pinochet.
 
Editado pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (SENGE-RJ), com prefácio de Plínio de Arruda Sampaio, o texto inédito relata as memórias de Hidalgo como preso político em Santiago sob o domínio do ditador que liderou, durante 17 anos, um Governo sangrento que deixou milhares de vítimas de prisão, tortura, morte e desaparecimento.
 
Pedro Hidalgo traz, em um texto contundente, um registro denso de graves violações de direitos humanos durante regime do General Augusto Pinochet e a luta de sua família para resgatá-lo das mãos da repressão política. O relato é de grande contribuição para o momento que vivemos no Brasil e é um estímulo para a consolidação da Comissão da Verdade, que se propõe a lançar luzes sobre nosso passado.
 
O conteúdo do livro deve ser motivo de reflexão e de exame para o resgate do conturbado processo que vive a América Latina na luta pela democratização do continente. Não podemos mudar o passado, mas o conhecimento histórico da América, como um todo e em suas particularidades durante este período sangrento, nos permitirá fazer escolhas futuras que assegurem as conquistas de estados soberanos e a negação de toda e qualquer forma de relação totalitária de convivência.

Sobre o autor
 
 
 
Pedro Hidalgo nasceu no norte do Chile, na cidade Oficina Salitreira de Maria Elena, em 1936. No começo dos anos 70, militante do Partido Socialista chileno, é chamado pelo então Presidente Salvador Allende para ocupar o cargo de Ministro da Agricultura.
 
 
Em 13 de setembro de 1973, em consequência do golpe militar, é preso por uma patrulha militar e depois seguidamente torturado durante a semana em que esteve preso na cadeia de Chillán.
 
 
Hidalgo foi transferido para o presídio na ilha Quiriquina, onde continuou sendo torturado física e psicologicamente. Dois meses depois foi mandado de volta a Chillán, onde foi encarcerado numa cela escura e passou por um período de torturas de 40 dias.
 
 
Foi durante essa etapa difícil de sua vida que Hidalgo recebeu um sinal contemplativo, por meio do reflexo de uma cruz branca perfeitamente delineada no teto da cela escura. Segundo Hidalgo, a imagem o fez se transformar de ateu em cristão, pois disse que sentiu como se estivesse sendo chamado por Jesus Cristo a engajar-se espiritualmente.
 
 
Serviço
 
 
Dia: 26 de setembro de 2012, quarta-feira.
Horário: 19h às 22h.
 
Local:
Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB– RJ)
Av. Marechal Câmara, 150 – 4º andar – Plenária José Lins e Silva
 
Contato Assessoria:
SENGE – RJ (Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro)
Amelia Madi (79916362) e Tania Coelho (81818616)
Tels.: 21- 22924121/22924123