Márcia Tilburi e Anna Christina Bentes em debate no Dia Internacional da Mulher


05/03/2022


Por Norma Couri, Diretora de Inclusão Social, Mulher e Diversidade
A ABI apresenta uma live com a filósofa, escritora e ex-candidata a governadora do Rio pelo PT , Márcia Tilburi, refugiada em Paris pelas ameaças de morte que recebe. Acompanha a sociolinguista Anna Christina Bentes com impressionantes relatos de assédio e ataques a mulheres, arquivados na Agencia Patricia Galvão.
Vai ao ar nesta terça feira, dia 8 de março, 7:30, no canal da ABI no YouTube : bit.ly/3uZn84f.
Serpente, Diabólica, Víbora, Dissimulada: o Ataque da Misoginia.
Uma em cada 4 mulheres no mundo já sofreu violência doméstica e o Brasil surpreende a cada dia com novos registros de feminicídios, ataques machistas, assédio, ameaça de morte e perseguições que podem levar as vítimas a constrangimentos nos tribunais e exílio forçado. Uma dessas exiladas é a filósofa, escritora, artista plástica gaúcha Marcia Tilburi, que já concorreu sem sucesso a governadora do Rio de Janeiro em 2018 e agora escapou para Paris: ela recebeu ameaças tão assustadoras que temeu pela sua vida e dos familiares, e resolveu aceitar o mais adequado convite para dar aulas, que foi na Universidade de Paris 8 Vincennes-Saint Denis.
Marcia está numa das lives realizadas pela Comissão de Inclusão Social, Mulher e Diversidade da ABI denunciando a campanha de difamação que sofreu durante 4 anos e de como buscou proteção na rede norte-americana para escritores perseguidos. E conta relatos ocorridos depois de sua criação em 2015 de um partido feminista, a #partidA.
A live conta com a participação da sóciolinguista e pós-doutura em Antropologia pela Universidade de Berkley na Califórnia, Anna Christina Bentes, que também realiza estudos na área do direito da mulher, focando blogs e perfis. Anna destrinchou relatos impressionantes da resistência de mulheres nos casos que constam dos arquivos da Agência Patrícia Galvão, recheado de preconceitos, auto preconceitos, golpes e misoginia. E contou como a visibilidade desses casos ajudam a detonar o machismo.

Segundo ela, “é o sul do mundo que está dando os melhores exemplos, alguma alegria nesses momentos trágicos”A live vai ao ar nesta terça-feira, dia 8, Dia da Mulher, que abre analisando o preconceito que vem de longe a começar pela frase do livro Eclesiastes do período entre 450 e 180 a.c, “não há cólera mais violenta do que a das mulheres: mais vale habitar entre leões e serpentes que viver com uma mulher colérica”