Justiça suspende cortes na Rádio Estadão; entidades tentam reverter demissões


20/10/2015


radioestadao

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) proibiu, na última segunda-feira (19/10), a Rádio Estadão de demitir mais funcionários sob pena de multa de R$ 15 mil por trabalhador dispensado, de acordo com o portal O Jornalista.

A decisão foi tomada após o dissídio coletivo promovido pelo advogado Raphael Maia, em nome dos Sindicatos dos Jornalistas e Radialistas, que solicita a nulidade das demissões feitas pela emissora no dia 5 de outubro.

Esta não é a primeira vez que o vice-presidente do TRT, o desembargador Wilson Fernandes, toma uma decisão para suspender os efeitos da dispensa coletiva de jornalistas e funcionários da administração. O jornal O Estado de S. Paulo, a Editora Abril e a Tribuna de Santos também foram impedidos de realizar cortes, após ação conjunta dos sindicatos dos jornalistas, gráficos e administrativos.

Os órgãos recorreram ao Judiciário na tentativa de preservar os empregos e assegurar os direitos trabalhistas pela demissão em massa de funcionários sem negociação prévia. Uma audiência de conciliação entre a rádio e os sindicatos está marcada para ocorrer nesta terça-feira (20/10).

 As mudanças na grade, com a inclusão de músicas na programação, afetou o quadro de funcionários da emissora na semana passada. Cerca de 30 profissionais foram demitidos e a rádio conta agora apenas 13 empregados, sendo dez jornalistas e três chefes. O departamento de esportes foi encerramento com a dispensa de todos os que atuavam neste setor.

Há informações internas de que os acionistas não irão mais investir na emissora e os funcionários que ficaram não sabem até quando a rádio fica no ar. Especula-se que funcione somente até dezembro de 2015.

As reduções no roteiro da emissora também pegaram os ouvintes de surpresa. Como não foi realizada uma divulgação prévia sobre as alterações, a rádio recebeu grande quantidade de reclamações via Whatsapp. O celular que recebe as mensagens do público chegou a ser desligado.

Fonte: O Jornalista