Jornalistas saúdam Villas-Bôas Corrêa


12/12/2008


Acadêmicos e jornalistas enviaram mensagens ao Presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azêdo, saudando Villas-Bôas Corrêa, definido por Carlos Chagas como “um seguidor da trilha luminosa mas estreita”. 

Estes são os textos:

“Não estarei a 9 do corrente no Rio. Desculpe minha ausência aos festejos merecidos em louvor do Villas-Bôas Corrêa, a quem peço abraçar em meu nome.” 

Marcos Vilaça, acadêmico e jornalista

“Conheci Villas Bôas Corrêa, em 1962-1963, quando ele já ocupava lugar de relevo no jornalismo político do Rio de Janeiro e do Brasil. Fazia cobertura para a respeitada seção política de O Estado de S.Paulo e do jornal EM>A Noticia, que compunha o Grupo O Dia, então de propriedade de Chagas Freitas. Villas já era respeitado como grande repórter e excelente comentarista político, gozando de grande conceito entre figuras da vida pública brasileira, nas turbulentas décadas de 60 e 70, quando mais convivemos. Com ele participei, não só do Jornal de Vanguarda, como do Alta Política — ambos criados por Fernando Barbosa Lima — quando fizemos algumas entrevistas que tiveram grande repercussão. Villas sempre procurava quem tinha importância e informação para dar. Raramente o vi fazendo anotações; tinha uma memória prodigiosa. Guardava tudo o que chegava ao seu conhecimento e escrevia rapidamente à maquina para contar o que sabia. Creio que ninguém mais no jornalismo brasileiro merece essa homenagem que lhe presta a Associação Brasileira de Imprensa” 

Tarcísio Holanda, Conselheiro da ABI 

“Poucos jornalistas continuam jornalistas como Villas-Bôas. No meio do caminho, ou até no começo, quantos companheiros nossos saltaram de banda, uns para carreiras políticas, outros se tornando publicitários, empresários, diletantes e até chatos. O Villas segue na trilha luminosa mas estreita onde se destacaram Barbosa Lima Sobrinho, Carlos Castello Branco, Joel Silveira e outros. O único desvio permitido ao Villas seria um simples complemento de tantas décadas dedicadas à arte de informar, sua candidatura à Academia Brasileira de Letras, pela qual todos torcemos.” 

Carlos Chagas, jornalista
 

“Prezado companheiro Maurício Azêdo, impossibilitado de comparecer na data de hoje, em razão de compromissos funcionais no Tribunal de Justiça, associo-me à nossa Casa na justíssima homenagem prestada ao Villas-Bôas Corrêa, por quem, como todos nós, tenho grande admiração. Um extraordinário jornalista, exemplo de independência, coragem, isenção e grande lucidez, atributos com os quais tem brindado seus leitores ao longo dessas décadas. Mas não só com isso, senão também com um texto absolutamente próprio, de estilo inconfundível e saboroso, a aliar inegáveis e evidentes qualidades literárias ao talento do extraordinário profissional de imprensa que ele é. Tenho por Villas-Bôas, ademais, carinho especial. É que ele foi amigo de meus pais e certamente ainda seria, se eles estivessem vivos — tenho certeza de que não esqueceu o velho Foch, que foi seu colega em A Noticia, nem de Rosinha. Dai que na ultima sessão, ao vê-lo, quis cumprimentá-lo. Mas tive como que um certo temor reverencial de interromper a conversa que mantinha com você e, depois, com o Tarcísio Holanda, e como a sessão do Conselho teve início, deixei para fazê-lo ao fim. Mas já não o vi mais. Forte abraço.” 

Fernando Foch, Desembargador