Jornalistas repudiam crimes contra a categoria


24/08/2010


Em mensagem publicada no jornal mexicano La Jornada, nesta terça-feira, dia 24, quatro sindicatos de jornalistas, diversas publicações e entidades de imprensa defenderam as liberdades de expressão e de imprensa e exigiram das autoridades mexicanas ações efetivas para conter a violência contra os profissionais do setor.
  
Segundo o comunicado, 64 jornalistas foram mortos e outros 11 estão desaparecidos desde o ano 2000, no México, considerada a região mais perigosa do mundo para o exercício do jornalismo. O documento apresenta ainda os nomes dos 36 jornalistas assassinados e dos oito desaparecidos entre dezembro de 2006 e julho de 2010.

—A imprensa enfrenta um dos períodos mais críticos no México porque se multiplicaram de forma alarmante as agressões contra os jornalistas. Durante o mandato do Presidente Felipe Calderón, que começou em 1º de dezembro de 2006, a maior parte dos ataques está impune e sem uma investigação profunda. Caso não haja ações contundentes, tudo isso põe em risco a democracia no país. Ainda mais, as ameaças, intimidações, sequestros e atentados a meios de comunicação se instalaram como práticas comuns principalmente dos policiais e dos políticos interinos, informa o texto.

Os relatores especiais das Nações Unidas(ONU), e da Organização dos Estados Americanos (OEA), o guatemalteco Frank La Rue, e a colombiana Catalina Botero, respectivamente, deverão apresentar à imprensa nesta terça-feira, 24, o relatório conclusivo sobre a missão conjunta que realizam no México desde 9 de agosto, quando iniciaram visitas à região para avaliar a situação de violência contra os jornalistas.

 
*Com informações da agência EFE