Jornalistas rejeitam proposta do Brasil Econômico


05/04/2013


Profissionais de redação do jornal Brasil Econômico rejeitaram nesta quinta-feira, 4 de abril, a proposta da reestruturação da Ejesa, empresa proprietária da publicação. Jornalistas, diagramadores, entre outros funcionários, com o apoio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo – SJSP, fizeram uma contraproposta e esperam retorno da empresa até o final da tarde da próxima segunda-feira, 8 de abril. Na próxima terça, 9 de abril, uma nova assembleia será realizada.
 
Dos cerca de 40 funcionários de São Paulo, a Ejesa propôs demitir 28 profissionais, manter apenas duas editorias na cidade e transferir um jornalista para o Rio de Janeiro – custeando sua estadia lá por uma semana para que ele se estabeleça. Para os demitidos, a empresa sugeriu pagar as verbas rescisórias em dez parcelas mensais, manter o plano de saúde durante esse período, mas não se comprometeu a pagar as horas extras que estão registradas em folha de ponto.
 
A maioria rejeitou com veemência e ofereceu uma contraproposta. Segundo os jornalistas, o corte em massa deixaria sobrecarregados os que permanecerem na redação. “Sem contar que é ilegal pagar a rescisão em parcelas. Tudo tem que ser feito na homologação”, ressalta o secretário geral do SJSP, André Freire.
 
Na contraproposta, a redação pediu que seja estabelecido um plano de demissão voluntária, com a garantia de cinco salários e as verbas rescisórias a cada funcionário. Além disso, que o plano de saúde seja mantido não por dez meses, mas um ano.
 
No último dia 25 de março, a redação decretou estado de greve após a empresa não responder ao SJSP, sobre a possibilidade de transferência de sede do jornal para o Rio de Janeiro (RJ) e desligamento de funcionários. As 48 horas desde o aviso já foram superadas e, por lei, os funcionários podem paralisar as atividades a qualquer momento.
 
*Com informações do Portal Imprensa e da SJSP.