Jornalistas da agência EFE
libertados na Venezuela


04/02/2019


Criticado por protagonizar uma série de detenções de jornalistas internacionais nos últimos dias, o governo da Venezuela libertou três repórteres da Agência Efe que haviam sido detidos.

Mauren Barriga, Leonardo Muñoz e Gonzalo Domínguez foram postos em liberdade na quinta-feira e tinham retorno previsto para a Colômbia no mesmo dia. As informações não confirma se o motorista venezuelano José Salas, que estava com o grupo, também foi libertado.

A equipe estava presa na sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), em El Helicoide, desde a última quarta-feira. O grupo participava da cobertura de imprensa da crise na Venezuela.

Na semana passada, a polícia militar venezuelana prendeu e manteve incomunicável por duas horas o jornalista brasileiro Rodrigo Lopes, do Grupo RBS. Ele foi libertado na sexta-feira (25) e já retornou ao Brasil.

Um levantamento divulgado em reportagem do Knight Center para Jornalismo publicada na quarta-feira (30) registrava que oito profissionais estrangeiros de imprensa haviam sido detidos pelas forças policiais da Venezuela nas duas últimas semanas.

A liberdade de expressão tem sido severamente reprimida pelo governo de Nicolás Maduro. Entre as ações adotadas nesse sentido houve bloqueios de redes sociais e ferramentas de busca na internet.

“A liberdade de imprensa corre perigo na Venezuela. O governo de Maduro deve deixar de censurar e obstruir constantemente o trabalho dos jornalistas, deveria garantir sua segurança. Neste período turbulento que o país atravessa, mais do que nunca, a liberdade de informar é vital para todos os venezuelanos”, disse Emmanuel Colombié, diretor da divisão latino-americana da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Fonte: Portal Imprensa