Jornalistas brasileiros começam a ser incluídos em grupos prioritários de vacinação


06/04/2021


Foi o que fez nesta segunda (5) a prefeitura de Teresina (PI). Já em Em Mato Grosso, o deputado estadual Thiago Silva (MDB) apresentou na sexta (2) projeto de lei com essa finalidade. Medidas semelhantes, em resposta ao aumento de casos de contaminações e mortes na categoria, vêm surgindo em diferentes partes do país.

No Mato Grosso do Sul, o Sinjorgran (Sindicato dos jornalistas da Grande Dourados) emitiu nota nesta segunda defendendo a vacinação de profissionais de imprensa da região.

No caso de Mato Grosso, o parlamentar que criou o projeto de lei usou dados de um levantamento feito pela própria imprensa apontando que pelo menos 150 trabalhadores da comunicação do estado já testaram positivo para a covid-19 desde o início da pandemia. Destes, 13 profissionais morreram em consequência da doença, cinco estão entubados e dezenas passam por tratamento de reabilitação e enfrentam sequelas.

Em SC, três mortes em dois dias

Face à velocidade com que se registram novas mortes de jornalistas vítimas da covid pelo país, é difíicil obter números consistentes sobre o cenário nacional.

Para se ter ideia, somente entre sexta-feira (2) e sábado (3) morreram três jornalistas de covid em Santa Catarina: Ozias Alves Júnior, editor e fundador dos jornais Em Foco; Savas Apóstolo, que trabalhou no Jornal Notícias do Dia; e Ney Padilha, um dos grandes nomes do rádio e do esporte no estado.

A Associação Catarinense de Imprensa (ACI) lamentou as mortes e reforçou a necessidade de isolamento social “até que avance o plano de vacinação”.

Segundo a organização suíça Press Emblem Campaign (PEC), que também solicita a vacinação prioritária dos profissionais da imprensa, até 16 de março deste ano mais de 900 jornalistas tinham morrido de covid-19 em 70 países. Calcula-se que mais da metade das mortes ocorreu na América Latina.

Os três países latino-americanos que lideravam o ranking de mortes de jornalistas por covid-19 são Peru (135), Brasil (113) e México (89). No Brasil os estados do Amazonas e de São Paulo tinham o maior número de mortes (14). A maioria das vítimas estava na faixa etria de 51 a 60 anos. Os homens eram maioria absoluta (91,4%).

Fonte: Portal Imprensa.