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Jornalistas fazem pacto contra muros midiáticos


03/10/2017


Mais de 200 assinaturas compõem o manifesto italiano intitulado “Derrubemos os muros da ignorância” que contém dez boas práticas jornalísticas para constratar com o discurso de violência – verbal e escrita, sobretudo nas redes sociais. O apelo foi assinado no último final de semana por jornalistas, escritores, teólogos e religiosos na cidade italiana de Assis.

O manifesto foi aprovado durante um seminário nacional, realizado nos dias 29 e 30 de setembro, que contou com a participação numerosa, sobretudo, de jornalistas que quotidianamente testemunham o crescente discurso que instiga o ódio e a construção de verdadeiros muros midiáticos e jurídicos que reduzem a liberdade de imprensa. Segundo um comunicado dos frades de Assis, uma realidade que constitui um “desvio perigoso pela justa vida democrática”.

O encontro procurou “individuar práticas concretas para iluminar as periferias esquecidas do mundo e educar na diversidade e, também, delinear direcionamentos de uma nova linguagem da comunicação contra a violência verbal e escrita. Criar uma rede em maneira sistemática entre todas as associações de voluntariado e aquelas profissionais, colocando no centro de todas as discussões, a verdade, a liberdade, a democracia e o homem”.

Segundo Padre Enzo Fortunato, diretor da Sala de Imprensa do Convento, e que participou de uma das exposições do seminário, o decálogo da “Carta Franciscana”, enfim, propõe uma “comunicação de paz, capaz de  iluminar as periferias do mundo e da existência”.

O manifesto nasceu da colaboração entre a revista católica “San Francesco” e a associação italiana “Articolo 21”, que promove o princípio da liberdade de manifestação do pensamento (e por isso o nome da entidade, que faz referência ao Artigo 21 da Constituição Italiana). Segundo a porta-voz da associação, Elisa Marincola, “responsabilidade e identidade em pontos de convergência entre as diferenças são a base do decálogo de Assis. Esse manifesto suporta e não ultrapassa outras cartas”.