Jornalista reclama de perseguição política

Responsável pelo semanário Foco Popular, que circula em Seropédica, no Rio de Janeiro, Gilberto Pessoa encaminhou e-mail à ABI, informando que tem sido perseguido e que diversos processos de calúnia e difamação já foram movidos contra ele por autoridades municipais:
— Há quatro anos tenho sido vítima de perseguições por parte de vereadores e prefeitos que se sucedem no clima conturbado da vida política de Seropédica — afirma.

O editor diz que, há dois anos, uma pessoa ligada ao então Prefeito Gedeon Antunes moveu processo contra ele:
— O elemento queria uma indenização com processo por calúnia e difamação. Sofri nesses anos várias tentativas e ameaças diretas e indiretas de políticos. Isso acontece porque o Foco Popular procura retratar a verdade dos fatos e isso incomoda algumas pessoas de mandato político.

Segundo Gilberto Pessoa, o caso mais recente deveu-se à publicação de uma matéria sobre a criação de um aterro sanitário em Seropédica:
— Os Vereadores Valtinho do Frigodutra, Neuza Cezário dos Santos e Oscar José de Souza se posicionaram (a princípio) contra a atitude da Câmara, que optou pela implantação de um aterro sanitário no município. O Foco Popular fez ampla cobertura, que desagradou aos três vereadores, que realizaram passeatas e utilizaram carro de som e pessoas humildes para ofender outros parlamentares e a mim.

O jornal continuou a publicar o assunto e, de acordo com Gilberto, os vereadores moveram contra ele uma ação, pedindo R$ 150 mil por calúnia e difamação:
— Agora chega a ignomínia em busca da indenização e a extinção do direito da livre expressão. Querem calar a imprensa em Seropédica. Aqui o clima é de coronelismo. Estou há oito anos no município e até agora pouca coisa mudou — escreve o jornalista.

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