Incêndio destrói redação do jornal O Povo, no CE


08/10/2013


Fogo tomou conta do prédio onde funcionava o Grupo de Comunicação O Povo (Crédito: jornal O Povo)

Fogo tomou conta do prédio onde funcionava o Grupo de Comunicação O Povo (Crédito: jornal O Povo)

Parte do acervo original do Banco de Dados do jornal O Povo, que remontava a história do jornalismo cearense entre os anos 1928 e 2005, se perdeu no incêndio que atingiu a sede do Grupo O Povo, em Fortaleza, no último domingo, 6 de outubro. Fotografias em papel, microfilmes e contatos em negativo foram consumidos pelas chamas. Além do conteúdo histórico, o fogo também destruiu o estoque do Grupo, provocando prejuízo ainda não estimado. Não se sabe a causa do incêndio. Ninguém se feriu.

A gerente do Banco de Dados Maria Teresa Ayres considera um dano irreparável a perda da coleção dos arquivos de contato em negativo, que são filmes de máquinas analógicas, fotografados entre os anos de 1980 e 2005. O material ainda não havia sido impresso ou digitalizado. Segundo a gestora, o restante dos arquivos queimados já possui versões virtuais, o que não os torna menos importantes. “Todos eram arquivos originais. Ainda não temos ideia da extensão do prejuízo. Eram documentos históricos. Nosso desafio agora é restaurar o que puder ser restaurado. Essa é a nossa prioridade”.

Ainda conforme Maria Teresa, os microfilmes que foram afetados durante o sinistro eram negativos de fotografias de O Povo, de publicações datadas entre 1928 e 1984, todas digitalizadas. Já as fotos em papel que se perderam nas chamas, cuja quantidade e período ainda não foram calculados, também estão disponíveis em plataformas virtuais.

O incêndio

 

O fogo começou por volta das 17h30min e se concentrou em um dos galpões do setor de almoxarifado do prédio, na avenida Aguanambi, no bairro José Bonifácio. No local, funcionava o estoque de livros da Fundação Demócrito Rocha, e a área de marketing. “Provavelmente um curto-circuito gerou isso. Uma máquina que tenha esquentado pode ter gerado tudo”, disse coronel o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), João Carlos Gurgel.

O combate ao fogo durou cerca de 1h20min. Durante a madrugada, os militares permaneceram no local, realizando o trabalho de rescaldo. Na manhã de segunda-feira, 7 de outubro, a fumaça ainda exalava do material queimado. Por prevenção, os bombeiros voltaram a jogar água sobre os escombros, para evitar uma nova combustão.

A previsão é que o laudo da Perícia Forense saia em 10 dias úteis. De acordo com a gerente do Setor Administrativo do O Povo, Cristiane Cunha, departamentos vizinhos ao Almoxarifado, como o Marketing e Departamento de Pessoal, também foram afetados pelas chamas, mas em menores proporções.

*Com informações do jornal O Povo e do portal Comunique-se.