24/01/2025
Os 300 funcionários da Imprensa Oficial do Rio de Janeiro, sediada em Niterói, já vão para o quarto mês sem receber salário. Além disso, o atual governo estadual fez muitas nomeções políticas para a empresa pública, para atender a base política do governador Cláudio Castro.
Esses nomeados estariam recebendo pelo gabinete civil do governador, enquanto os demais têm seus salários atrasados. Um gráfico lembra que a Imprensa Oficial foi criada em 1975, com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. “Desde então nunca atrasou salários, pagos a todos o pessoal do quadro fixo e aos celetistas”.
O caminho da recuperação, na opinião dos funcionários da Imprensa Oficial, passa pela decisão política do governador de socorrer a imprensa oficial, que de lucrativa passou a ser deficitária. Isso se daria com o governo do Estado redirecionando seus serviços gráficos para a imprensa oficial. A Imprensa Oficial está equipada com rotativa moderna e máquinas gráficas alemãs, de alta qualidade.
No entanto, dizem os gráficos, o Estado passou a publicar na internet o Diário Oficial. Ao mesmo tempo, teria deixado de imprimir o jornal em papel, tornando ociosos o parque gráfico e todo o seu pessoal.
“Estão sendo impressos um número ínfimo de exemplares do Diário Oficial, apenas para serem arquivados”, apontam os funcionários da Imprensa Oficial. Lembram que, entre eles, há aqueles que pagam pensões alimentícias, mas com o atraso estariam ameaçados de prisão.
Os tíquetes refeição/alimentação estão em dia, mas os salários não. Os planos de saúde, que eram reembolsados pela empresa, estão deixando de ser pagos por conta da crise, criando problema para os familiares dos funcionários.
O Sindicato dos Gráficos de Niterói convoca todos os trabalhadores da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro (IOERJ) para uma reunião, na próxima sexta-feira, 31 de janeiro, a partir das 10 horas da manhã, na sede da Federação dos Metalúrgicos, para debater a liquidação da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro; as ações do Sindicato dos Gráficos de Niterói; e os direitos trabalhistas.