Imprensa no Haiti luta por retomada


13/04/2010


Cerca de três meses após o terremoto que devastou o Haiti, e causou a morte de 230 mil pessoas, a imprensa do país começa a dar sinais de recuperação. A conclusão é do relatório da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado nesta segunda-feira, 12.

Em parceria com o grupo canadense Quebecor, e com o apoio do Governo haitiano, a RSF organizou um centro operacional para os veículos de comunicação no país, cuja operação teve início nove dias após a tragédia.

Com capacidade para 20 postos de trabalho, o Centro Operativo da RSF recebe diariamente, em média, 17 jornalistas. Só no último mês de março, foram registrados mais de 350 acessos nos equipamentos de informática.

De acordo com a RSF, das cerca de 50 emissoras de rádio que funcionavam na capital Porto Príncipe, 25 reiniciaram as transmissões um mês após o terremoto, com o apoio logístico da Radio France.

Já os veículos impressos estão retomando a produção em ritmo mais lento. Segundo Max Chauvet, proprietário e diretor do Le Nouvelliste, principal diário do país, fundado em 1898, o jornal circulou em edição especial um mês e meio após a tragédia, mas, atualmente, está sendo editado apenas na internet. 

O diário Le Matin, voltará a circular a cada duas semanas na República Dominicana, onde era impresso antes do terremoto.

O papel da imprensa e dos jornalistas na reconstrução do Haiti foi destacado pela Unesco, que criou um programa de assistência psicológica e apoio pós-traumático aos jornalistas do Haiti.

*Com informações do Portal Imprensa e do Knight Center for Journalism in the Américas.