Homenagem a Dorival e à bossa nova

A obra de Dorival Caymmi analisada sob a Estética da Recepção, movimento e teoria literários surgidos no fim da década de 1960, na Alemanha, é o mote de “Caymmi e a bossa nova — O portador inesperado (1938 a 1958)”, escrito pela jornalista e biógrafa Stella Caymmi, neta do grande mestre da MPB. O livro será lançado no próximo dia 9 de setembro, às 18h, no Mistura Fina, na Avenida Rainha Elizabeth, 769, em Ipanema. Concebido originalmente para comemorar os 70 anos de carreira do compositor e os 50 anos da bossa nova, o lançamento se transforma em homenagem póstuma, em razão da morte de Dorival Caymmi no último dia 16.

A partir de minuciosa pesquisa do acervo musical do avô entre 1938 e 1958, Stella descobriu, entre outras coisas, que, a partir da bossa nova, o até então “cantor das cousas e graças da Bahia” teve reconhecimento da crítica, da mídia e até de alguns de seus pares, que finalmente enxergaram a real dimensão das inovações estéticas que ele introduziu no conjunto maior da MPB.

Para Francisco Bosco, autor de “Dorival Caymmi”, publicado em 2006, “Caymmi e a bossa nova — O portador inesperado (1938 a 1958)”, é mais uma contribuição de Stella Caymmi aos estudos sobre a canção popular brasileira, agora sob a perspectiva, não habitual neste campo, da Estética da Recepção”.

O jornalista, escritor e biógrafo Ruy Castro também aplaude a publicação:
— O que Stellinha Caymmi não sabe de Dorival Caymmi, você não precisa aprender.

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