Homenagem a Darcy Ribeiro no Cine ABI


05/11/2008


Nas próximas duas sessões do Cine ABI, importantes personagens da História do Brasil serão homenageadas, com a exibição de “Darcy Ribeiro — O guerreiro sonhador”, nesta quinta-feira, 6, e “Tancredo Neves — O mensageiro da liberdade”, cartaz da semana seguinte, no dia 13. As duas produções fazem parte da série de documentários “Grande brasileiros”, dirigida por Fernando Barbosa Lima, Presidente do Conselho Deliberativo da ABI morto em setembro último. Também foram focalizados pelo jornalista seu pai, Barbosa Lima Sobrinho, e os colegas Sérgio Cabral e Ziraldo.

“Darcy Ribeiro — O guerreiro sonhador” é dividido em três partes. A primeira conta a vida do antropólogo, político, professor e escritor, desde a infância em Montes Claros, Minas Gerais, até a morte, em 1997, com destaque para as imagens captadas por ele próprio, em 47 e 48, na tribo indígena Urubus Kadiuéu, e em 53, na tribo Bororo.

O filme segue com depoimentos de pessoas próximas ao educador, como Oscar Niemeyer, Leonel Brizola, Cristovam Buarque, Ziraldo, Sérgio Cabral e Nélida Piñon. Na parte final, aborda a criação da Fundação Darcy Ribeiro (Fundar), que tem como principais objetivos, entre outros, promover a solidariedade às populações indígenas, negras e caboclas brasileiras, defender a Amazônia e o Pantanal e realizar estudos destinados a reformular a política educacional do País.


Educação

Darcy foi um dos maiores pensadores da educação no Brasil, além de defensor dos direitos das minorias e nacionalista engajado na preservação das riquezas naturais e humanas do País. Como político, teve atuação importante na criação da Universidade de Brasília (UnB), da qual foi o primeiro reitor, e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e na construção dos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), projeto de ensino público integral levado a cabo na década de 80, quando era Vice-governador de Leonel Brizola.

Na luta pela preservação e a defesa dos direitos dos povos indígenas, fundou o Museu do Índio em 1953 e participou da criação, no Norte do Mato Grosso, do Parque Nacional do Xingu, uma das obras de que mais se orgulhava. Darcy também desenvolveu intensa atividade literária, tendo mais de 30 livros publicados e traduzidos para diversos idiomas.

A sessão tem entrada gratuita e está marcada para as 18h30, na Sala Belisário de Souza, no 7º andar do edifício-sede da ABI (Rua Araújo Porto Alegre, 71 — Centro do Rio).