Homenagem a Chatô no Cine ABI


17/10/2008


Nesta quinta-feira, dia 17, o Cine ABI prestou homenagem ao paraibano Assis Chateaubriand, com a exibição do documentário de Marcos Marins que reúne nove entrevistas, realizadas na década de 1990, com personalidades importantes da imprensa brasileira que conviveram de perto com o empresário e jornalista.

Dando um intervalo na preparação de sua próxima exposição de pinturas no Parque Laranjeiras (dias 18 e 19), o artista plástico Augusto Oiticica prestigiou a sessão na Sala Belisário de Souza e destacou a importância do registro cinematográfico:
— Marcos Marins está de parabéns por fazer cinema de qualidade em um país que não valoriza a arte como deveria. Apesar de não estar ainda finalizado, o filme é muito importante, pois consegue mostrar a importância desse ilustre brasileiro através de depoimentos de pessoas próximas e de destaque na imprensa, como Barbosa Lima Sobrinho e Austregésilo de Athayde, cujos depoimentos me emocionaram.

Império e artes

Chatô deu início ao seu império jornalístico, os Diários Associados, no final da década de 30. Chegou a ter 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 de televisão, uma editora, uma agência de notícias, a revista semanal O Cruzeiro e a mensal A Cigarra, além de diversas outras infantis, tornando-se um dos brasileiros mais influentes nos anos 40 e 50.

Mesmo levando em conta a intensa atividade de Chatô na imprensa, em que atuou até o fim da vida, mesmo debilitado fisicamente, Augusto Oiticica considera que seu maior legado foi no campo das artes:
— Como artista, acredito que uma das obras mais importantes de Chateaubriand foi a criação do Museu de Artes de São Paulo (Masp), em 1947, a partir de seu acervo pessoal.