General argentino é condenado a prisão perpétua


01/04/2011


O General da reserva argentino Eduardo Cabanillas foi condenado a cumprir prisão perpétua, por dirigir um famoso centro de detenção e tortura de presos políticos no país, durante a ditadura militar (1976-1983).
 
 
A Justiça condenou também três ex-integrantes do serviço secreto da Argentina, que vão cumprir pena de prisão sob acusação de assassinato, tortura e prisões ilegais. Honório Martinez e Eduardo Ruffo foram condenados a 25 anos; e o ex-oficial da inteligência militar, Raul Guglielminetti, a 20 anos de detenção.
 
 
Fontes oficiais afirmam que mais de 200 militantes de esquerda foram seqüestrados e aprisionados no centro de detenção, que tinha como fachada a oficina mecânica Automotores Orletti, em Buenos Aires.
 
 
Os crimes foram praticados durante a Operação Condor — criada pelos Governos sul-americanos para combater a militância de esquerda entre as décadas de 70 e 80 —, por isso, dentre os presos havia muitos uruguaios, chilenos, bolivianos, peruanos e cubanos. Milhares de argentinos foram torturados e mortos em outros centros semelhantes espalhados por todo o país.
 
 
Os agentes da ditadura militar Brasil (1964-1985) integravam a Operação Condor, criada em 1975 com a participação das Forças Armadas da Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia. O principal objetivo dessa operação era localizar e monitorar, em todos os países da região, ativistas contrários aos regimes ditatoriais e até eliminá-los.
 
 
O número de mortos ou desaparecidos na Argentina durante o regime da ditadura militar é de cerca de 30 mil pessoas. Esse período ficou conhecido como “Guerra suja”.
 
 
* Com informações da BBC Brasil.