05/06/2017
A última edição impressa da Gazeta do Povo circulou nesta semana, mais precisamente na quarta-feira, 31 de maio. O encerramento do uso do papel no veículo marcou o início de uma aposta pesada no digital e representou mais de 60 funcionários demitidos, incluindo profissionais da redação. A reportagem do Portal Comunique-se acompanha o momento de transição da marca desde o anúncio oficial feito no início de abril e, agora, traz entrevista com o presidente-executivo do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), Guilherme Döring Cunha Pereira, que comenta os desligamentos.
O executivo alega que, no total, foram 62 demissões. Do montante, explica Pereira, cerca de 40 pessoas trabalhavam no parque gráfico, que foi encerrado. Com a mudança, os projetos em papel do grupo – como o jornal Tribuna, o especial semanal e as revistas mensais – serão impressos por gráficas terceirizadas. Com relação aos cortes na redação, 10 profissionais foram desligados, sendo três fotógrafos, três jornalistas, dois diagramadores, um infografista e um chargista. Pereira afirma que reduzir a equipe de conteúdo não faz parte da estratégia do grupo.
“Nós não queremos diminuir o quadro de jornalistas. Algumas mudanças aconteceram e os cortes estão ligados às funções que eram exclusivas do impresso, como por exemplo, o desligamento de dois editores que fechavam o jornal. Os cargos foram extintos, por isso a demissão. No acumulado, o número de jornalistas aumentou, ainda que alguns desligamentos tenham acontecido”, argumentou o executivo.
Neste sentido, ainda aconteceram cortes de paginadores, técnicos de imagem e colaboradores ligados às operações comerciais – equipe responsável por diagramar e incluir os anúncios nas páginas do impresso. “Não pretendemos demitir outras pessoas. Estamos satisfeitos com a mudança que aconteceu na Gazeta do Povo em função da descontinuidade do impresso e vamos manter o nosso quadro de funcionários, que é sólido”.
Portal do Comunique-se