Folha de S. Paulo vai mudar visual


02/03/2010


Equipe envolvida na elaboração do novo projeto gráfico

A partir de maio o jornal Folha de S.Paulo vai circular com novo visual. O projeto gráfico está sendo elaborado há mais de seis meses visando a tornar a leitura do veículo “mais acessível e agradável”.

Na coordenação do novo projeto gráfico da Folha encontra-se a designer Eliane Stephan, que conta com a colaboração do coordenador editorial Naief Haddad e do também designer Jair Oliveira. Nesse grupo estão também o editor de Arte, Fábio Marra e mais 16 profissionais.

As mudanças que vêm sendo preparadas pela Folha além do aspecto gráfico ocorreram também em relação ao conteúdo. Um dos principais objetivos do jornal é se apresentar para os leitores como um veículo mais sintético na forma, ágil e analítico nos textos. Nas palavras do diretor de redação Otávio Frias Filho, um jornal “mais legível, interessante e útil se tornou imperativo”.

Segundo informações divulgadas pela própria Folha, o trabalho de reformulação gráfica teve início em setembro de 2009, sob a direção de Eliane Stephan, que também foi a responsável pelas mudanças ocorridas em 1996, a partir da qual a Folha passou a circular totalmente em cores.

Esta é terceira reformulação visual da Folha nos últimos dez anos. Em 2000, o projeto privilegiou a hierarquização das notícias e teve a participação do designer italiano Vincenzo Scarpellini.

Em 2006, o projeto gráfico contou com a coordenação do jornalista Melchiades Filho — atual diretor da sucursal de Brasília —, com a colaboração do designer Mario García — cubano radicalizado nos Estados Unidos —, que já tinha sido responsável pelo visual novo do norte-americano The Wall Street Journal, do francês Liberátion e do alemão Die Zeit.

O novo visual da Folha anunciado para maio traz elementos das duas últimas reformas gráficas, ressaltando aspectos da reforma gráfica conduzida por Eliane Stephan, em 1996. Trata-se de um projeto que tem como elemento marcante a proposta de tornar o jornal “visualmente econômico, retilíneo”, além de reduzir a diversidade entre os cadernos, para que a Folha se apresente como um veículo de perfil “mais homogêneo e unitário”.