FIJ critica polícia francesa


09/08/2010


A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) criticou a polícia francesa que impediu jornalistas de cobrirem um conflito envolvendo ciganos, que resistiam a uma ação de despejo no município de Saint-Ètienne, na manhã de 6 de agosto.
 
O Secretário-geral da entidade, Aidan Withe, classificou de “completamente inaceitável” a proibição dos jornalistas exercerem a sua função, afirmando que a França não é um Estado policial, e por isso os jornalistas devem ter o direito de trabalhar livremente.  E alertou:
— Se os jornalistas e os veículos de comunicação não puderem chegar à verdade, como é que o público poderá saber se a lei e a ordem foram respeitadas?, declarou Aidan Wihte que disse também que a ação policial “só encoraja um reacender do racismo e da xenofobia”.
 
A FIJ questiona também se o fato de as autoridades francesas planejarem a deportação de ciganos não legalizados para a Romênia não põe em questionamento a liberdade de circulação dos cidadãos no espaço da União Européia.
 
Segundo a FIJ a ação policial foi a primeira desde que o Presidente Nicolas Sarkozy anunciou, em 28 de julho, uma série de medidas contra ciganos e nômades, entre as quais constam a desocupação de 300 acampamentos não autorizados, depois do episódio que envolveu ciganos em um distúrbio em Saint-Aigan, no qual um jovem cigano foi morto por policiais.
*Com informações do Sindicato dos Jornalistas de Portugal e da FIJ.