EUA: regras contra vazamentos de informação


05/01/2011


O Governo norte-americano divulgou nesta semana um comunicado instruindo suas agências para que, ao longo do mês de janeiro, revisem todos os procedimentos de segurança para evitar novos vazamentos de informações deflagrados pelo site WikiLeaks.

O memorando interno contendo 11 páginas apresenta 100 perguntas que objetivam medir o grau de vulnerabilidade e deficiência dos sistemas automatizados aplicados pelas agências, incluindo o monitoramento e controle das viagens de funcionários a  utras países, segundo a BBC. O documento sugere a participação de psicólogos e sociólogos na avaliação do nível de satisfação dos funcionários que possam refletir no grau de confiabilidade do serviço.

Criado em dezembro de 2006, pelo jornalista australiano Julian Assange, ex-hacker, e PhD em Física, o site WikiLeaks vem provocando polêmica entre governos, autoridades e empresas de vários países por revelar informações secretas sobre a diplomacia norte-americana.
 
O site oferece a qualquer usuário a oportunidade de postar, anonimamente, através de uma conexão cifrada, textos, áudios ou vídeos confidenciais, cuja autenticidade o site se encarrega de verificar. A equipe é formada por cinco voluntários em tempo integral e entre 800 e mil colaboradores, entre técnicos de informática, advogados e jornalistas.
 
 
Em novembro último, o Wikileaks divulgou 250 mil documentos secretos da diplomacia norte-americana. São despachos diários trocados por mais de 270 embaixadas e consulados em todo o mundo, desde 1966.
 
O vazamento das informações sigilosas deixou os Estados Unidos em uma situação desconfortável com o resto do mundo. A Justiça dos Estados Unidos abriu investigação criminal contra o Wikileaks.
 
*Com informações do Knight Center for Journalism e Washington Post.