30/11/2012
Ainda de acordo com Luiz Gustavo, que vinha dormindo diariamente com o avô no hospital, o quadro de Klein se agravou nos últimos dias. Tanto que na quarta-feira, o ex-editor-chefe passou a respirar com auxílio de uma máscara de oxigênio. Ontem, o estado de saúde de Klein ficou ainda mais delicado e os médicos resolveram encaminhá-lo para a UTI. No início da manhã ele não resistiu e veio a falecer.
Em 1940, aos 17 anos, já escrevia crônicas e contos, como colaborador do jornal. Mas foi em 1943, de fato, que ingressou na profissão. Ficou um ano no setor de Revisão de A Tribuna, sob a chefia de Cyro Lacerda, o mesmo que o trouxe para o jornal e o seduziu com sua página literária editada aos domingos.
Sua ida para a Redação aconteceu em 1944, aos 20 anos, onde teve uma breve passagem pela editoria de Esportes, obedecendo à direção de Antônio Guenaga.
Como repórter, fez de tudo um pouco, da pequena nota social à reportagem, em princípio como coringa (termo usado no jornalismo para quem atua em várias editorias). Chegou a assinar seções especializadas de turismo e automóveis e, praticamente, exerceu na Redação todas as funções.
Em 1950 – quando o diretor-presidente de A Tribuna era Nascimento Júnior – tornou-se editor executivo,assistente do editor-chefe Geraldo Ferraz.
Juarez Bahia foi o substituto de Geraldo Ferraz. E em 1968, quando Bahia saiu e foi trabalhar na imprensa paulistana, Carlos Klein foi convidado, pelo então diretor-presidente de A Tribuna, Giusfredo Santini, a assumir o posto de editor-chefe. Permaneceu no cargo até novembro de 1990, quando aceitou outro convite, desta vez do diretor-presidente Roberto Mário Santini, para ser assistente de diretoria.
Apesar de ter atuado como funcionário concursado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde chegou à chefia regional, 50 anos de sua vida foram dedicados à profissão de jornalista.
Filho de Gustavo e Severina Klein, Carlos Klein era casado com Neuza Andrade Klein e tinha duas filhas, Cláudia e Márcia.