“Ele foi um mestre do jornalismo”


29/03/2010


A ABI expressou nesta segunda-feira, 29 de março, seu profundo pesar pelo falecimento de Armando Nogueira, apontado pela entidade como “um mestre do jornalismo” e responsável pela formação de profissionais que trabalham atualmente em emissoras de televisão em vários Estados. Em declaração que emitiu, afirma a ABI que Armando deixa seu nome gravado entre os profissionais que mais contribuíram para o elevado padrão de qualidade do jornalismo impresso e do jornalismo eletrônico entre nós.

A declaração da ABI tem o seguinte teor:

“A Associação Brasileira de Imprensa expressa o seu sentimento de profundo pesar pelo falecimento do jornalista Armando Nogueira, que deixa seu nome gravado entre os profissionais que mais contribuíram para o elevado padrão de qualidade do jornalismo impresso e do jornalismo eletrônico entre nós.

Integrante, ao lado de Jânio de Freitas, José Ramos Tinhorão, Nilson Lage e outros talentosos jovens, de uma geração de profissionais que, na equipe do antigo “Diário Carioca”, modernizaram a técnica de redação jornalística da imprensa do Rio de Janeiro sob a liderança e a orientação de Danton Jobim, Pompeu de Sousa e Luís Paulistano, Armando Nogueira cedo alcançou preeminência como redator de textos, pela competência técnica, o forte domínio do idioma e a sensibilidade em relação às questões humanas e sociais sempre presentes no jornalismo. Após a destacada atuação que teve no Diário Carioca, Armando integrou com brilho excepcional a equipe com que o Jornal do Brasil se firmou, desde o fim dos anos 50 até à década de 80, como o paradigma do melhor jornalismo do País. No JB ele encontrou então a forma de realizar a sua paixão pelo esporte em geral e especialmente pelo futebol. Como cronista esportivo do jornal, Armando ofereceu ao longo de décadas textos que o impuseram à admiração pública pela alta qualidade literária e fino sentimento que ostentavam.

Posteriormente, coube-lhe um papel de ponta na criação e implantação da mais importante produção jornalistica do País, o “Jornal Nacional”, que ele dirigiu com extremada perícia e reconhecida ação pedagógica: pelas suas mãos passaram e se formaram jornalistas, produtores e cinegrafistas que, em numerosas emissoras e sob diferentes formatos, realizam atualmente um jornalismo de notável qualificação.

Ao homenagear Armando Nogueira neste momento doloroso para sua família, seus companheiros de trabalho e seus incontáveis admiradores, a Associação Brasileira de Imprensa, triste e enlutada, celebra um dos maiores profissionais da comunicação que o País conheceu.

Rio de Janeiro, 29 de março de 2010.

Maurício Azêdo, Presidente.”