14/02/2021
Instituído pela ONU em 2015, a homenagem traz um significado especial esse ano, quando muitas mulheres foram protagonistas na busca por vacinas e tratamentos contra a Covid-19. A Associação Brasileira de Estudantes de Pós-graduação e pesquisadores no Reino Unido homenagearam brasileiras que contribuíram para o avanço e o desenvolvimento social, político e econômico. Veja em https://abep.org.uk/20-cientistas-brasileiras/
A importância dessa homenagem
“O dia 11 de fevereiro, marca o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, um dia de extrema importância e simbolismo para todas nós que lutamos para ampliar o acesso e garantir a participação plena e igualitária de mulheres e meninas na ciência e tecnologia.
Todos os setores e unidades da Fiocruz estão mobilizados para o enfrentamento da pandemia, desde a área biomédica até as ciências sociais. Assim como na emergência de saúde no contexto do vírus Zika, as mulheres emergiram nas ações da instituição para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Em primeiro lugar, é importante ressaltar a brilhante liderança da Dra. Nísia Trindade Lima, primeira presidente mulher nos 120 anos de existência Fiocruz, e das diretoras e coordenadoras das diferentes unidades e grupos de pesquisa da instituição, que têm se mobilizado nesse esforço conjunto e integrado de todos os nossos institutos e unidades, presentes em onze estados do país. Cabe destacar que temos mulheres cientistas atuando em todas as frentes de resposta à pandemia, desde o diagnóstico, com produção de kits e análises, até pesquisas, ensaios clínicos de medicamentos e vacinas, comunicação, educação, apoio a populações vulneráveis, atendimento especializado a pacientes graves, produção de vacinas e cooperação internacional e parcerias com governos e sociedade civil.
Gostaria de ressaltar aqui o trabalho realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz, que é referência no país em diagnósticos e também Laboratório de Referência da OMS para Covid-19 nas Américas; do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), com o Centro Hospitalar para a Pandemia Covid-19, que é a unidade de referência da Fiocruz na área de pesquisa clínica e atendimento especializado de pacientes graves com Covid-19; Bio-Manguinhos, nosso Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, onde temos a área de produção de kits diagnósticos e vacinas; a Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, que desenvolveu as estratégias da Fiocruz para enfrentar a pandemia na área de Educação; e a Coordenação de Comunicação Social, que tem um papel fundamental para manter a transparência da informação com a população e no apoio à populações vulneráveis.
Todas essas iniciativas e outras que não puderam ser mencionadas tornaram-se viáveis devido ao trabalho de notáveis mulheres cientistas, que fortalecem a construção de uma agenda de pesquisa de forma solidária e inclusive, contribuindo para o fortalecimento do SUS e da ciência, tecnologia e inovação do nosso país”
Luana Bermudez
Internacionalista
Mestre em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ
Doutoranda em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ
Assessora em Relações Internacionais da Presidência da FIOCRUZ